À medida que as eleições se aproximam os pobres vão ficando cada vez amados. E daí começa uma disputa entre políticos para ver quem é capaz de agradá-los mais e conquistar sua simpatia (e votos também, por que não?).
A disputa se dá entre o Palácio Iguaçu e o Palácio 29 de Março e se explicita de várias formas. Uma delas é pelo controle político das associações e “lideranças de bairros” mediante o uso intensivo dos órgãos de ação social disponíveis dos dois lados da praça Nossa Senhora de Salete.
No domingo (4), as águas da chuva torrencial que se abateu no sábado sobre Curitiba, provocando danos e desabrigando famílias dos bairros mais periféricos, ainda não tinha baixado quando a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, pegou o marido Bela mão, chamou fotógrafos e o casal foi visitar as pobres vítimas do bairro Parolin – reduto bem protegido por um afilhado político da primeira-dama, o ex-vereador suplente Edson do Parolin.
Rafael Greca não saiu de casa. Disse que, à distância, distribuía ordens e coordenava as equipes de socorro que mandou atender os bairros mais afetados, determinando-lhes as providências que deviam tomar.
Nessa faina para demonstrar quem faz mais pelos desvalidos e que melhores proveitos podem tirar da situação triste, sobrou para uma exemplar servidora da prefeitura que tinha resolvido fazer reunião com as lideranças de facções diferentes ao mesmo tempo. Sabendo disso, uma poderosa assessora do prefeito mandou um áudio para a coitada da funcionária mandando cancelar o evento.
Conforme se ouve no áudio, a irritada assessora reprende a assessora porque ela não estava agindo de forma “orquestrada”; da maneira como ela vinha conduzindo, o aproveitamento maior favoreceria Fernanda Richa e não a Fundação da Ação Social da Prefeitura, o prefeito e Margarita. No áudio, a assessora foi rigorosa ao se dirigir à funcionária. Com voz bem espaçada e palavras firmes, o áudio dizia: “Primeiro: “Minha – querida [fulana] – mantenha a calma – não adianta se você descabelar, é assim: a gente tem de fazer orquestrado. Segundo: não vou dar pauta na mão da Fernanda pra fazer o que ela quer. As lideranças têm que estar na nossa mão e não na mão da Fernanda!”
Envergonhada por ter de cancelar o evento que tinha programado, a funcionária pediu demissão.
Francamente nunca nos meus longos anos vo período eleitoral com tanto oportunistas de plantão.
É impressionante como os futuros, atuais, candidatos se lançam ao povo com sorrisos e apertos de mão que ao chegar no ambiente deles, desinfetam as mãos com álcool. Isso eu presenciei e ainda existe.
Tem pretensos candidatos e candidatas que nunca apareciam nas vilas e hoje estão por lá.
Tem também atuais detentores de mandato que se hoje forem a um bairro e ficarem sozinhos, só voltam para casa após as eleições, pois não saberão como sair do local.
:( triste verdade…
O pobre sim, deve ter ânsia de vômito
Vende a Harley e compra centenas de camas para as velinhas submetidas as enchentes.
Visitá-los de manhã e ir almoçar no Batel, é ser hipócrita.
E o povo insosso ainda acredita nessa gente; deveria nessa hora dar a resposta pelos anos de descaso da politicagem – xô oportunista !
O que há primeira dama do estado tem a dizer a respeito de tem prometido para uma senhora de 80 anos que ela iria dormir em uma cama quentinha naquela noite de domingo e a senhora está esperado a cama até hoje?
Que vergonha Fernanda Richa, mais uma promessa para aparecer bem na frente da imprensa em ano eleitoral.