A 13ª Vara Federal de Curitiba determinou a prisão do ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu, condenado a nove anos e quatro meses de prisão na Operação Lava Jato. O processo é relativo à denúncia em que Ministério Público Federal acusa Genu de integrar esquema de corrupção em contratos da Petrobras. Segundo o MPF, ele foi um dos beneficiários “de parte da propina dirigida à Diretoria de Abastecimento da estatal que, em parte, repassava aos agentes do Partido Progressista”, tendo cometido os crimes de corrupção passiva e associação criminosa.
No despacho de prisão, a juíza Gabriela Hardt – que substitui Sérgio Moro, em viagem ao exterior – aponta a gravidade das ações do condenado: “Agrego apenas que tratando-se de crimes de gravidade, inclusive corrupção e lavagem de dinheiro, com produto do crime não recuperado, a execução após a condenação em segundo grau impõe-se sob pena de dar causa a processos sem fim e a, na prática, impunidade de sérias condutas criminais”.
Referindo-se ao esquema de que participou Genu, a magistrada faz menção ao mensalão e acrescenta que, “como se não bastasse, um dos condenados recebeu vantagem indevida, com enriquecimento pessoal, enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470, em afronta aquela Corte Suprema e a ilustrar a necessidade de iniciar o cumprimento da pena por seu efeito dissuasório”.
João Claudio Genu se apresentou à Justiça nesta segunda-feira (21) depois de acordo costurado por sua defesa pela 13ª Vara Federal.