(por Ruth Bolognese) – No começo da década de 90, quando disputou uma vaga no Senado com o poderoso banqueiro José Eduardo Andrade Vieira, o Homem do Chapéu, o então jovem e belo Tony Garcia distribuía socos num saco de areia, como se tivesse forças para nocautear todo mundo.
Com essa brincadeira, criada pela cabeça do genial Jamil Snege, quase derrotou o dono do Bamerindus.
Agora, revela fatos que guardou por muito tempo a respeito ex-amigo de infância, Beto Richa, e nocauteia o grupo inteiro com áudios comprometedores vazados pelo Ministério Público Federal e suas entrevistas sem pudor. A maior mágoa de Tony vem de um dia de fevereiro de 2014 quando foi à casa do governador e deixou-o ouvir o diálogo entre Deonilson e o representante do grupo Bertin a respeito da licitação da PR-323.
Tony teria aconselhado para que Beto cancelasse a licitação. “Isso vai dar m…”, afirmou. O governador deu de ombros. Mostrou a gravação também a Deonilson, que também nada fez. É possível presumir que já se havia firmado o tal “compromisso” de dirigir a licitação para a Odebrecht.
Segundo o executivo da Odebrecht, Benedicto Jr., um dos delatores da empreiteira, ele teria pedido ao então chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, apoio para que outras empresas não participassem da concorrência. Deonilson Roldo, segundo o delator, teria respondido que poderia ajudar, conforme registrou o Jornal Nacional do último sábado.
Vale sempre o velho ditado: nada pior do que ter como inimigo um ex-amigo. Ou algo assim.
Este caso tem relação com o caso Bertholdo e Youssef??
Será que os protagonistas, advogados e defensores, e coadjuvantes serão os mesmos?
Como todos estão hoje?
https://www.conjur.com.br/2008-dez-09/istoe_condenada_indenizar_ministros_gallotti_medina