O empresário Tony Garcia não ocupa nenhum cargo no governo. Já foi deputado estadual eleito pelo PRN, o partido de Fernando Collor. Candidatou-se também a senador. Genro do governador Ney Braga, conviveu com um dos maiores políticos da história do Paraná. Dado a esperto, meteu-se também em trapalhadas que lhe renderam que lhe renderam maus momentos na vida e que o obrigaram a ser pioneiro no uso da delação premiada para livrar-se de incômodos maiores.
Em sua longa trajetória de vida, tornou-se amigo de muitas pessoas importantes, inimigo de outras tantas. Diz nuca ter deixado de ser amigo de Beto Richa, desde a infância e adolescência em Londrina, quando firmaram parceria em corridas da kart.
Eleito governador, Tony tentou manter a amizade, ser uma espécie de conselheiro político para evitar que o governador se metesse em coisas erradas levado por um time de assessores que estava mais interessado em usar Beto Richa para dele tirar-lhe vantagens – muitas delas pouco republicanas.
Fez inúmeros alertas, cartas públicas, esperando seu ouvido pelo amigo. De nada adiantou. Afastou-se das proximidades do gabinete com a explicação que é dada pelo título de um artigo que postou sexta-feira em sua página no Facebook: “Não faço parte desta camarilha“.
O artigo ele escreveu em resposta a pessoas próximas de Richa que, em jornais “chapa branca” o acusam de fazer denúncias sem provas contra Beto com a intenção de voltar à política disputando o senado em 2018″
Ele responde: “Em primeiro lugar, jamais fiz aqui qualquer tipo de denúncia contra o Beto. Ao contrário, o alertei, não só publicamente como também pessoalmente, que os mesmos que hoje me atacam tramavam butins dentro de seu governo em benefício próprio em detrimento do interesse público. Não os nominei publicamente, porém, o fiz ao Beto e tenho provas disso. Causa-me espanto a estupidez desta gente, pois ao se rebelarem contra mim, me dão a certeza de que o fazem por ter o meu alerta surtido efeito junto ao Beto, impedindo-os de consumarem os malfeitos.”