O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli autorizou a Polícia Federal (PF) a realizar buscas na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) atuou como juiz antes de se tornar ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PL). A autorização atende a pedidos de investigação baseados em denúncia feita pelo ex-deputado. O senador nega todas as acusações.
De acordo com Garcia, ele teria sido coagido por Moro a realizar gravações ilegais durante o caso Banestado, em dezembro de 2004, como parte de um acordo de delação premiada. Ele disse que, sob ordens do então juiz, teriam sido conduzidas investigações sigilosas contra autoridades com foro privilegiado, entre elas o governador do Paraná à época e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ex-deputado sustenta que documentos arquivados na vara onde Moro trabalhou poderiam comprovar suas declarações. Diante, Toffoli autorizou o cumprimento do mandado de busca pela PF, permitindo o exame de processos, mídias e outros materiais relacionados às investigações.
Na mesma decisão, o ministro manteve o caso sob a competência do STF, rejeitando o argumento de Moro de que os fatos ocorreram antes do início de seu mandato como senador. Em nota, a defesa do parlamentar afirmou não ter tido acesso ao inquérito e classificou as acusações de Tony Garcia como infundadas.