Por 8 a 7 votos, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) apoiaram a concessão da Cidadania Honorária de Curitiba ao filósofo Olavo de Carvalho. Para a homenagem póstuma se tornar lei, é preciso um novo resultado positivo em plenário no segundo turno, que está agendado para acontecer nesta quarta-feira (5). Nesta terça (4), 7 parlamentares se abstiveram de votar e 11, que tinham respondido a chamada, não estavam em plenário na hora da deliberação.
“Viram como Olavo de Carvalho incomoda? Isso mostra a sua relevância, isso mostra a sua grandeza, isso mostra a sua contribuição para o Brasil e é uma honra para Curitiba [homenageá-lo]. Curitiba, que recebeu esse professor durante quatro anos, ele que sempre exaltou a nossa cidade, um filósofo que é reconhecido no mundo inteiro. Curitiba é uma cidade conservadora e terá a honra de ter Olavo de Carvalho como cidadão honorário. Que honra!”, disse o autor do projeto, Eder Borges (PP), durante o debate.
Críticas
“Esse projeto foi feito quando ele ainda era vivo, mas ele veio a falecer durante o processo de tramitação. Fiz questão que fosse votado em abril, que é o mês de aniversário do professor Neste mês também, a CMC, no dia 25, às 19 horas, fará um evento homenageando-o com palestras”, continuou Borges. Com ele, votaram Beto Moraes (PSD), Indiara Barbosa (Novo), Osias Moraes (Republicanos), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Rodrigo Braga Reis (União), Sargento Tânia Guerreiro (União) e Zezinho Sabará (União).
Professora Josete (PT) e Dalton Borba (PDT) foram os mais incisivos nas críticas à proposição, com ela afirmando que Olavo de Carvalho não deveria sequer utilizar o título “filósofo”, “porque não tem formação acadêmica”. “Curitiba é uma cidade conservadora e liberal, sim, mas ela sabe distinguir bem um conservador de um fascista. O mundo produziu muitas figuras públicas que foram uma mancha, uma excrescência na história do mundo, como Hitler. Olavo de Carvalho proferiu as maiores excrescências que uma boca humana pôde manifestar na história do mundo”, afirmou Borba.
Votaram contra a homenagem a Olavo de Carvalho, além de Josete e Dalton Borba, Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Herivelto Oliveira (Cidadania), Leonidas Dias (Solidariedade), Marcos Vieira (PDT) e Maria Leticia (PV). As abstenções foram de Amália Tortato (Novo), Bruno Pessuti (Pode), Hernani (PSB), Jornalista Márcio Barros (PSD), Mauro Bobato (Pode), Mauro Ignácio (União) e Sidnei Toaldo (Patriota).
Responderam a chamada, mas não estavam em plenário na hora da votação, Alexandre Leprevost (Solidariedade), Ezequias Barros (PMB), João da 5 Irmãos (União), Noemia Rocha (MDB), Nori Seto (PP), Oscalino do Povo (PP), Pier Petruzziello (PP), Professor Euler (MDB), Serginho do Posto (União), Tico Kuzma (PSD), Tito Zeglin (PDT) e Toninho da Farmácia (União). No momento da votação, Angelo Vanhoni (PT), Sabino Picolo (União) e Salles do Fazendinha (DC) não tinham presença registrada em plenário.