TCE indica ações para melhorar controle sobre as obras da Linha Verde, em Curitiba

Após realizar levantamento a respeito das obras do trecho norte da Linha Verde, a Coordenadoria de Obras Públicas (COP) do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) recomendou à Prefeitura de Curitiba a adoção de medidas para melhorar o controle interno sobre a execução dos trabalhos.

A via, que começou a ser construída em 2007, tem 22 quilômetros de extensão ao longo do eixo da BR-476, atravessando a capital paranaense de sul a norte, desde o bairro Pinheirinho até o Atuba. Enquanto as obras do trecho sul foram finalizadas em 2014, a previsão é de que as do trecho norte sejam concluídas apenas em 2022.

Em razão de seu considerável atraso, dos volumosos recursos que já foram investidos nas obras – os quais encontram-se na casa das centenas de milhões de reais – e do notório interesse público de que elas sejam finalmente encerradas, a construção da Linha Verde Norte foi uma das obras escolhidas para serem auditadas pelo Tribunal no ano que vem, conforme previsão inserida no recém-aprovado Plano Anual de Fiscalização (PAF) de 2022 da Corte.

A fim de subsidiar o planejamento e a execução desse procedimento fiscalizatório, a COP realizou, ao longo dos últimos meses, um levantamento para avaliar o cenário atual das obras, por meio de análise documental, vistoria presencial e reuniões com os agentes municipais responsáveis.

 Indicações

A atividade também serviu para fundamentar o encaminhamento de 16 indicações técnicas à prefeitura, voltadas ao aprimoramento do controle interno exercido pelo município sobre a realização dos trabalhos de construção da Linha Verde Norte. Elas estão separadas em cinco tópicos: transparência; capacitação; projetos; execução e fiscalização contratual; e licitação.

Entre as indicações técnicas, destacam-se: a necessidade de manter atualizado o Portal da Transparência municipal específico sobre as obras da Linha Verde; a divulgação, aos setores envolvidos, de documentos e normativas relevantes relacionados ao assunto, bem como das ferramentas disponíveis no site do TCE-PR e dos treinamentos oferecidos pela Escola de Gestão Pública (EGP) do Tribunal; a realização de análise de riscos quando do planejamento de licitações de obras e serviços de engenharia; a avaliação sobre a manutenção ou não dos contratos firmados com empreiteiras que estão atrasando a execução dos trabalhos; e a revisão de critérios para qualificação técnico-operacional em futuros procedimentos licitatórios, a fim de evitar a habilitação de licitantes sem a capacidade necessária para executar o objeto do certame.

Atualmente, as obras que demandam maior atenção se concentram no lote 04.1, no trevo do Atuba. A íntegra do relatório de levantamento será disponibilizada ao público em breve, após ser formalizada a ciência do Município de Curitiba acerca do documento. (Do TCE-PR).

 

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