Informações obtidas pelo sindicato dos servidores da Guarda Municipal de Curitiba (Sigmuc), com base na lei de acesso à informação junto a Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, 67 guardas municipais já foram afastados do serviço desde 15 de março passado – data do primeiro decreto do prefeito Rafael Greca de medidas restritivas para conter a propagação do coronavírus na cidade. Destes, 11 ainda se encontram afastados com problemas respiratórios, mas não há laudos que comprovem ou afastem a possibilidade de que tenham sido contaminados pelo Covid-19.
No documento o Departamento de Saúde Ocupacional, alega que “os CIDS para Covid-19 foram autorizados pelo Ministério da Saúde para serem utilizados pelos médicos assistentes, sem a confirmação de exame laboratorial. Como não há retorno desta informação, a Perícia Médica não tem condições de informar casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, bem como os casos de síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), cabendo estas informações à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, pois são casos de notificação compulsória e os testes confirmatórios são realizados nos casos sintomáticos, a critério da SMS”.
Como não há uma testagem ampla para o Covid-19 em Curitiba, a grande maioria dos Guardas Municipais, provavelmente, nem saberá se contraiu a doença, o que vem gerando grande apreensão na categoria, segundo nota expedida pelo sindicato da categoria.
Reclamações diárias são recebidas no sindicato, dando conta que estão sendo distribuídos poucos equipamentos de proteção, principalmente máscaras de proteção individual.
Todas as reclamações estão sendo encaminhadas diretamente para órgãos da prefeitura e também para o Ministério Público do Trabalho, onde já existe inquérito em curso para acompanhar o tratamento dispensado pelo Município de Curitiba, aos servidores municipais durante a pandemia de Coronavírus.
O sindicato vem distribuindo álcool gel, álcool 70, luvas e máscaras para os guardas. Já foram distribuídos mais de 267 frascos individuais de álcool gel, 60 litros de álcool 70%, 500 pares de luvas, 10 litros de sabonete líquido e 500 máscaras de tecido. Além da medida paliativa, o Sigmuc cobra da prefeitura Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).