Tem muita gente que fala mal do SUS. A maioria com razão, pois o atendimento do sistema público de saúde geralmente está aquém do prestado pela rede privada de médicos e hospitais. Alguns destes muito conceituados pelos recursos tecnológicos de que dispõem, pela fama dos seus profissionais e, sobretudo, pelo preço que cobram dos pacientes que os procuram pela griffe que ostentam. Políticos não costumam procurar o SUS – vão logo para um desses grandes hospitais.
Jair Bolsonaro não teve tempo de ir para um deles. Foi levado à pressas para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e teve sua vida salva por um cirurgião que receberá pela, tabela SUS, R$ 367,00. Para o hospital, o SUS pagará R$ 1.090,00. Hoje, depois de o quadro clínico se estabilizar, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A revista piauí, em texto de autoria da jornalista Consuelo Dieguez, conta a história toda:
SUS SALVA BOLSONARO POR R$ 367,06
Pago pelo sistema público brasileiro, cirurgião de veias e artérias de Juiz de Fora é tirado de almoço de família para achar e conter hemorragia no candidato
Antes do Einstein veio o SUS. Antes dos médicos de grife vieram os que recebem pela tabela do Sistema Único de Saúde. Foram eles que salvaram a vida de um Jair Bolsonaro esfaqueado e exangue. Esta é a história de um deles.
Por volta das 16 horas desta quinta-feira, o cirurgião vascular Paulo Gonçalves de Oliveira Junior participava de um almoço de família em Juiz de Fora quando seu celular tocou. Era um chamado da Santa Casa de Misericórdia da cidade para que fosse com urgência para o hospital: Bolsonaro havia sido esfaqueado e os médicos não conseguiam conter a hemorragia e nem identificar de onde vinha. O candidato a presidente pelo PSL chegara ao hospital com muita dor. Os médicos fizeram uma ultrassonografia e verificaram um hematoma na barriga, sem saber se era na parede na região epigástrica ou no fígado. Pelo quadro, resolveram iniciar imediatamente a cirurgia. Ao abrirem o abdômen, se depararam com um sangramento abundante e incontrolável. Chegaram a acreditar que o fígado havia sido atingido. Foi então que Oliveira Junior foi acionado, às pressas. O papel do cirurgião vascular seria tentar identificar onde era a hemorragia.
Quando o médico entrou na sala de cirurgia, encontrou um quadro dramático: Bolsonaro, por causa da perda de sangue, estava em choque. A pressão havia caído para 7 por 4, apesar de ter tomado um litro de soro. Com a lesão na veia do intestino, não havia nada que contivesse a hemorragia. Após exame em condições adversas, Oliveira Junior concluiu que a veia afetada fora a mesentérica, uma das mais importantes do intestino, além de um ramo dessa veia, chamada cólica média. Se a facada tivesse sido alguns centímetros acima, poderia ter atingido, segundo os médicos, a veia porta e, nesse caso, o risco de morte seria maior. Oliveira Junior imediatamente iniciou o processo de sutura das veias para conter o sangramento. O agravante é que havia uma grande lesão no cólon, o que poderia resultar em contaminação. A preocupação dos médicos era com o risco de infecção generalizada.
Os procedimentos de sutura deram resultado, e o quadro clínico do candidato se estabilizou. Na medicina o trabalho é sempre feito em equipe, e os outros cirurgiões, anestesistas e enfermeiros foram vitais. Mas, sem a intervenção do especialista em cirurgia de veias e artérias, provavelmente, a sucessão de eventos seria outra.
No começo da noite, Oliveira Junior mandou uma mensagem para um grupo de WhatsApp de cirurgiões vasculares amigos. Ali, ele agradece os cumprimentos dos colegas pelo trabalho e revela a tensão daquela cirurgia. “Meus amigos, muito obrigado pelos cumprimentos. Estou muito aliviado. Foi muito tenso. Quando cheguei, estava chocado, a lesão venosa estava destamponada, com muito sangue na cavidade tributária calibrosa da mesentérica superior. Talvez a cólica média junto a mesentérica superior. Lesão grande de cólon transverso com fezes livres na cavidade, quatro lesões de delgado, várias lesões linfáticas. Está estável e entubado no CTI da Santa Casa.”
Pelo procedimento, Oliveira Junior será remunerado pelo Sistema Único de Saúde em 367 reais e seis centavos, preço pago pelo sistema público por esse tipo de cirurgia – na tabela do SUS, aparece como “tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas do abdômen”. O hospital será remunerado em 1.090 reais e 80 centavos.
Nesta sexta-feira pela manhã, o candidato foi transferido para o Albert Einstein, em São Paulo, hospital que rivaliza com o Sírio-Libanês a preferência dos políticos e de quem pode pagar pelos seus serviços. Bolsonaro passou a noite na Santa Casa de Juiz de Fora, monitorado pelos médicos que, até o início da noite, pela gravidade do quadro, entendiam que o candidato ainda corria risco de morte. Na madrugada, com a estabilização da pressão do paciente, foi dada autorização para a transferência para São Paulo.
367,00 foi quanto recebeu o médico, a estrutura da Santa Casa é em parteparte subvenciobada com dinheiro do Ministério da Saúde.
Portanto muito bem remunerado quem trabalhou na cirurgia
Tipo de análise distorcida. O médico cumpriu sua missão. Ele merece louvor pelo seu juramento hipocrático e não pela ínfima remuneração. Ou a Santa Casa, subvencionada pelo SUS, deveria ter médicos incompetentes ou mercenários? O SUS remunera mal porque ainda estão fora da cadeia uma bandalha de políticos safados e corruptos ansiosos por reelegerem-se.
Foi pro Albert Einstein com dinheiro pago pelo povo através do plano de saúde da Câmara.
Por que ele não continuou no SUS?
A hipocrisia desse fascista lixo acaba por aqui
Petralhada lixo…..deveriam todos serem fuzilados em um paredão….