Subprocurador pede apreensão do livro de Janot

O subprocurador Moacir Guimarães pediu, na tarde desta segunda-feira (30), a apreensão do livro “Nada Menos que Tudo” (editora Planeta), de autoria de Rodrigo Janot. Na obra, o ex-chefe do Ministério Público Federal conta bastidores do período em que esteve à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A sanção requerida por Guimarães ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) à obra de Janot baseia-se na declaração do ex-PGR, dada na última quinta-feira (26/09/2019), sobre a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes, tendo, inclusive, entrado no Supremo Tribunal Federal (STF) armado. “Está suscitando comentários na sociedade e nas instituições, razão pela qual o suplicante considera nociva a divulgação do livro sem que sejam excluídos dele os capítulos relativos ao fato confessado pelo autor”, comenta o subprocurador.

Na última sexta-feira (28), portal Metrópoles, de Brasília, divulgou com exclusividade outro requerimento de Moacir Guimarães ao CNMP sobre o caso. No documento, ele pedia a abertura de uma investigação com vista à cassação da aposentadoria de Rodrigo Janot. O subprocurador defende que, mesmo o fato tendo ocorrido em 2017 e não ter sido consumado, a responsabilidade de Janot continua a existir. Para ele, a confissão póstuma de Janot sobre ter ido armado à sessão do STF já é motivo de instauração de procedimento.

“Será que o ex-procurador-geral pode ir armado para o Supremo Tribunal Federal e, ainda mais, com a intenção de dar um tiro na cabeça de um ministro? Isso aí não fere o decoro?”, questiona Moacir. “A cassação da aposentadoria pode se impor decorrente da apuração de fatos por este órgão externo ao MPF, razão pela qual o suplicante requer a juntada aos autos da matéria”, destaca Guimarães na petição. (Informações do portal Metrópoles).