O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, quer virar a página. Após o que o próprio presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece como anos de protagonismo do Judiciário no Brasil, chegou a hora de abrir espaço para a volta da política. Toffoli o faz, contudo, de forma política: propõe um “grande pacto republicano” pela aprovação das reformas da Previdência e tributária, além do enfrentamento dos problemas de segurança pública.
“Não cabe ao Judiciário ser centroavante, mas nós seremos zagueiro”, disse Toffoli na tarde desta segunda-feira (19) a um grupo de correspondentes de jornais estrangeiros. “O Judiciário não deve ser a vanguarda do processo de desenvolvimento de uma nação, como foi nos últimos anos. É um Judiciário que vai se voltar a garantir os direitos fundamentais estabelecidos na Constituição”, explicou a metáfora futebolística.
Durante pouco mais de uma hora e meia, Toffoli não se furtou a responder perguntas sobre alegações de partidarismo da Operação Lava Jato ou sobre o polêmico reajuste — ou recomposição salarial, como ele destaca — do Judiciário, mas, questionado mais de uma vez sobre sua declaração recente em relação à ditadura militar, que chamou de “movimento” provocando duras críticas, disse que é preciso olhar para a frente e que “1964 faz parte do passado”.
Reconheceu que as autoridades brasileiras ainda estão aprendendo a lidar com as colaborações premiadas e repetiu mais de uma vez que as instituições brasileiras estão sólidas e que o combate à corrupção foi institucionalizado, que não depende de atores específicos.
Toffoli só evitou comentar o projeto Escola Sem Partido porque ele será julgado em breve pelo plenário do Supremo, ainda que integrantes da corte tenham dado recados contra a proposta.
Sobre a prisão após condenação em segunda instância, disse que, diante da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Lula, o caso acabou “sendo fulanizado”, mas que a questão ainda está por se decidir.
Deste senhor que “está” presidente da mais alta Corte – sem merecê-la, pois faltam-lhe bagagem e expertise jurídicos o bastante para fazer jus a tão honorável e crítica posição da Judicatura pátria -, não há o que se esperar. Sua indicação atendeu apenas aos interesses particularíssimos dos seus “padrinhos” petralhas, similarmente a outros que também foram “plantados” na máquina governamental por essa quadrilha com similares fins.
É deprimente observar como, em nossa pátria e desde o fatídico 2003, esse grupo de celerados descaradamente “montou” seu QG com o exclusivo desiderato de destruir a pátria tornando-a refém dos ditames cubanos. Mais paradoxal, ainda, é ver a leniência da sociedade e das autoridades constituídas em permitir este asqueroso crime de lesa-pátria!