A morte de um policial civil que cumpria plantão numa delegacia de Paranavaí no último domingo (6) provocou protesto da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) contra o governo estadual, acusado pela entidade de não ter “capacidade de gestão e comprometimento com os policiais, com a segurança da população.”
O investigador Osafa Pereira da Cruz estava sozinho na delegacia quando foi assassinado por um detento levado pela Polícia Militar. O caso foi citado pela Adepol como exemplo do que ocorre em muitas delegacias que “não possuem a mínima condição de oferecer um serviço suficiente à população diante do quadro degradante do efetivo.”
A nota dos delegados é a seguinte:
LUTO
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná lamenta profundamente o falecimento do Investigador de Polícia Osafa Pereira da Cruz.
Trabalhando há mais de uma década na Polícia Civil do Paraná, estava lotado na 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí. Com 41 anos de idade, era formado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, deixando esposa e dois filhos.
Osafa foi morto no plantão do dia 6 do corrente mês e ano, por um homem detido pela Polícia Militar, quando estava trabalhando sozinho na Delegacia de Polícia.
À família nossos sentimentos e agradecimento pela história pública de defesa da instituição prestadas pelo Investigador de Polícia Osafa Pereira da Cruz.
Governador Ratinho Junior, até quando a Polícia Civil do Paraná vai sangrar? A falta de capacidade de gestão e comprometimento com os policiais, com a segurança pública e, consequentemente, com a população paranaense é explícita.
Várias Delegacias de Polícia não possuem a mínima condição de oferecer um serviço suficiente à população diante do quadro degradante do efetivo. Em muitas, além do ridículo efetivo, os policiais e a população são obrigadas a conviver com cadeias super lotadas.
Osafa, sua história não será esquecida. Descanse em paz, Policial.
Governador Ratinho, até quando temos que sangrar?