Dois sócios da empresa JMK e outras 12 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil por suspeita de irregularidades na manutenção da frota de veículos do Governo do Paraná. Segundo a polícia, o grupo cometeu crimes como lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos e organização criminosa. Segundo a empresa, todos os serviços realizados geraram uma substancial economia para os cofres públicos.
O inquérito concluído já foi entregue pela Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que poderá ou não apresentar denúncia à Justiça. Entre os indiciados, estão funcionários da empresa.
A investigação começou em maio deste ano por causa de indícios de que os responsáveis pela JMK, empresa responsável pelo gerenciamento da frota do Estado, falsificavam e adulteravam orçamentos de oficinas credenciadas para aumentar o valor dos serviços prestados, gerando prejuízo aos cofres públicos
Os empresários Aldo Marchini Junior e Jairo Cesar Vernalha Guimarães chegaram a ser presos durante a investigação. Segundo a polícia, eles são sócios ocultos da empresa. Conforme a investigação, eles usavam laranjas nos contratos da empresa.
A polícia diz ter reunido provas de que, além de fraudar orçamentos, a empresa também usava peças de valor e qualidade inferiores, mas cobrava como se fossem peças originais de primeira linha.
A prática, segundo a polícia, foi confirmada por alguns responsáveis pelas oficinas. Um deles afirmou que as peças cotadas para os orçamentos eram originais de fábrica, porém, quando da execução do serviço eram trocadas por outras do mercado paralelo.
A polícia afirma também que, pelo contrato, inicialmente havia a previsão de uma porcentagem cobrada pela JMK das oficinas de 4% – mas o valor foi crescendo até chegar a 20%. De acordo com a investigação, as oficinas que se recusavam a pagar eram descredenciadas. Além disso, ainda conforme a polícia, algumas oficinas deixavam de receber pelos serviços por longos períodos, o que gerava dívidas na casa das centenas de milhares de reais.
Segundo a polícia, a investigação ainda continua. Um novo inquérito foi aberto para apurar outras suspeitas de irregularidades. “As medidas que serão adotadas a partir de agora visam apurar se houve a participação de agentes públicos concorrendo para as práticas delitivas de algum modo ou acobertando essa empresa”, afirmou o delegado Alan Flore. Segundo ele, informações do inquérito também foram enviadas à Polícia Federal (PF). Isso porque, a JMK firmou contratos com órgãos do governo federal e, segundo a polícia, é preciso apurar se houve irregularidades nesses contratos.
A palavra dos citados – Em nota, a JMK, Aldo Marchini Junior e Jairo Vernalha Guimarães afirmaram que o sistema implantado pela empresa oferecia economia, transparência e ferramentas de fiscalização. Segundo a nota, isso resultou em uma economia de R$ 96 milhões ao Estado.
O comunicado também disse que o governo atrasou o pagamento de notas, o que gerou problemas com as oficinas e prejuízos para a JMK. A empresa afirmou ainda que acredita na Justiça e que espera que o MP-PR não acolha o indiciamento.
O Governo do Paraná informou que, assim que assumiu a gestão, observou indícios de irregularidades e que rescindiu o contrato com a JMK, abriu processos administrativos e mudou a forma de gerir a frota do Estado. Ainda segundo o governo, foi implantado um programa para dar mais transparência à gestão do dinheiro público. (Do G1 Paraná).
Ao final terão que indenizar a empresa….
Vixi, ave Cesar! Tem outros contratos que precisam de explicações, Tauros e bloqueadores de celular, CPI da segurança pública daria dor de barriga em muita patente alta e doutores