O mercado financeiro elevou a estimativa de inflação para 2020 pela décima nona semana seguida. A previsão passou de 4,35% para 4,39%. A expectativa faz parte do boletim de mercado conhecido como boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Com a alta, a expectativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, segue acima da meta central de inflação, de 4% para 2020. Entretanto, ainda está dentro do intervalo de tolerância. Pela regra, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% neste ano sem que a meta seja formalmente descumprida.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
No decorrer do ano, com a pandemia de Covid-19 e a recessão na economia brasileira, o mercado baixou a estimativa de inflação. Nos últimos meses, porém, com a alta do dólar e a retomada da economia, os preços voltaram a subir. Em outubro, a inflação oficial subiu para 0,86%, a maior desde 2002 e, em novembro, subiu para 0,89%, o maior resultado para este mês desde 2015.
Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3,34% para 3,37% a previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Sobre o comportamento da economia brasileira em 2020, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,41% para 4,40%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. (Do G1).