“Sete homens e um destino” é o nome de um clássico do cinema de faroeste. Esqueçam o enredo, que trata de um grupo que se forma para dar combate a um vilão ganancioso do Velho Oeste. Os sete homens e um destino da nossa história são os seguintes:
- Em 2000, Beto Richa é eleito vice-prefeito de Cassio Taniguchi e assume a secretaria municipal de Obras;
- Nomeia para trabalhar com ele Nelson Leal, como diretor-superintendente da secretaria; Maurício Fanini como diretor de pavimentação; e Eduardo Lopes de Souza como engenheiro;
- Candidato pela primeira vez ao governo do estado nas eleições de 2002, Beto se afasta da secretaria de Obras e, para seu lugar, Cassio Taniguchi promove Nelson Leal de diretor para secretário;
- O primo-distante Luiz Abi Antoun ainda estava lotado no já inexistente gabinete do ex-deputado Beto Richa na Assembleia;
- Nesta mesma época, a sogra de Ezequias Moreira, que não sabia onde era a Assembleia, recebia salários e repassava para o genro;
- Eleito prefeito em 2004, Beto Richa assume em 2005 e leva Carlos Nasser para trabalhar na sua assessoria;
- O primo-distante Luiz Abi não foi nomeado para nada, mas tinha notório e enorme poder na prefeitura.
- Ezequias Moreira também foi trabalhar com Beto na prefeitura; recebia salário do município e, com a ajuda da sogra, recebia também da Assembleia;
Além de Beto Richa, compõem o grupo dos sete desde os primórdios da ascensão política do governador os citados Nelson Leal (preso na Operação Integração); Maurício Fanini (preso na Operação Quadro Negro); Eduardo Lopes de Souza (que se tornou dono da construtora Valor e condenado na Operação Quadro Negro); Carlos Nasser (que em razão da idade e da saúde debilitada não foi preso na Operação Integração); Luiz Abi Antoun (reu nas operações Voldemort e Publicano) e Ezequias Moreira (ainda secretário do Cerimonial do Palácio Iguaçu e citado na Operação Quadro Negro).
Os sete estão identificados, mas o destino de todos ainda é incerto e não sabido. A dar coesão a todo o grupo está o tempo de pelo menos 18 anos ou pouco menos em que os seus membros trabalham juntos e sob uma mesma chefia. Daria até para fazer um Powerpoint.
E vai se eleger senador (falando que isso é represaria a corrupção e ao PT, aquele discurso batido ridículo que infelizmente ainda cola), o filho deputado e a manada vai junto louca por mais uma teta.
Corrupção nunca foi problema para o paranaense (desde que não seja um petista corrupto, pra esses mesmo a lei não prevendo vale até pena de morte), nosso judiciário só corrobora com isso (vários juízes e/ou desembargadores amigos distantes prontos pra salvar de ultima hora, com um pedido de vista pra prescrever o processo, como na sogra fantasma ou reverter uma decisão pra deixar correr solta a falcatrua das terceirizações das UPAS, estão sempre a postos)
como temos votado com as nardegas, apetitosamente
Comparação muito apropriada. Permita-me sugerir outro paralelo cinematográfico. “Os bons companheiros”, de Martin Scorsese. Trata da relação entre gangsters da máfia novaiorquina. Ambição, ganância e muita, muita grana. E nenhum escrúpulo. Não lembra alguns políticos?