Sérgio Souza prevê inflação dos alimentos e defende exploração mineral

O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, disse  nesta quinta-feira (3) a O Antagonista que produtores brasileiros estão “preocupadíssimos” com os impactos da guerra na Ucrânia na próxima safra.Pelo menos 70% dos insumos usados para aumentar a produtividade do solo vêm do exterior e a Rússia é a principal fornecedora.

Segundo Souza, “na Rússia, estão os nossos maiores fornecedores de potássio, nosso principal fertilizante. Se vem um embargo econômico sobre a Rússia, vamos comprar de onde? Tem alguma coisa no Canadá, alguma coisa na Alemanha. Mas os produtores estão preocupadíssimos: não sabem se vão ter fertilizante para plantar. Se tiverem, por qual preço?”

O parlamentar paranaense acrescentou que produtores não deixarão de plantar, mas poderão produzir menos em razão da escassez de fertilizantes ou dos preços que serão cobrados. Ele aproveitou a situação para defender a exploração mineral no Brasil.

“A nossa saída é agilizarmos a exploração no Brasil, mas isso não causará efeito imediato. Vai demorar, no mínimo, dois ou três anos para se concretizar. Até lá, quem pagará a conta é o consumidor.”

“Precisamos nos tornas independentes nessa questão dos fertilizantes. Para isso, é necessário um mecanismo legal de licenciamento ambiental. Mas não é só isso. Onde está a jazida? Como você vai explorar? Tem que fazer a estrada. Isso pode demorar uma década. E mais: quanto vai custar? Essa alternativa se torna economicamente viável ou é mais barato trazer o fertilizante do outro lado do mundo? Estamos trabalhando nisso”, acrescentou Souza.

O deputado afirmou que a alta nos preços dos alimentos é algo certo, pois, segundo ele, antes mesmo do início dos conflitos no leste europeu, o custo de produção, incluindo insumos e maquinários, já havia aumentado consideravelmente, em razão, por exemplo, da escalada do petróleo e dos combustíveis.

“Mesmo antes da guerra, o produtor já iria gastar duas ou três vezes para plantar neste ano, na comparação com a safra anterior. Isso ainda não chegou ao consumidor, mas vai chegar, não tem como ser diferente.” (De O Antagonista).

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