Em seis meses, seis trocas no primeiro escalão de Rafael Greca. A primeira vítima foi o presidente da Fundação Cultural de Curitiba FCC), Maurício Appel, que durou apenas 19 dias no cargo. Caiu em razão de denúncias de que tinha dívidas não pagas em projetos de incentivo cultural.
A segunda “vítima” foi o secretário da Saúde, João Carlos Baracho, médico em quem o prefeito depositava todas as esperanças de revolucionar a saúde pública curitibana nos primeiros 180 dias. Durou 120, atropelado não por falta de méritos, mas por não resistir ao “fogo amigo” ateado pelo deputado Luciano Ducci, que emplacou, no seu lugar, a enfermeira Marcia Huçulak.
Depois de Baracho, seguiram-se mais três: na semana passada foi exonerada Larissa Tissot e empossada Elenice Malzoni. A troca teria sido determinada por um embate surdo entre as primeiras-damas Margarina Sansone e Fernanda Richa, ambas interessadas em manter o mando da pasta que cuida (ou deveria cuidar) da população desvalida.
Nesse meio tempo, foi rompido também o contrato que a prefeitura mantinha com o Instituto Pro-Cidadania de Curitiba (IPCC), ong do próprio município encarregada de ações com catadores de lixo reciclável e de administrar os agentes comunitários de saúde, entre outras. Além de 500 empregos que mantinha em seu quadro de funcionários.
Por último: a qualquer momento pode ser confirmada a substituição do secretário de Administração e Recursos Humanos Carlos Calderón por Heraldo Alves das Neves, que já assina atos como interino.
Em seis meses de governo, seis trocas no primeiro escalação. Uma por mês.
E pensar que com seis meses de gestão, o bi-secretário – da Comunicação e presidente da Fundação Cultural – está há semanas passeando com a família na Europa. Férias, já?
Quando os resultados ficam a desejar o ideal é buscar os mais arrojados. A secretaria do meio ambiente, lá também tem dois caciques, um do Greca e outro do Ducci. Poderão ainda existir muitas mudanças, Urbanismo, IPPUC, visto que o Greca é impaciente diante de resultados pífios. A prefeitura de Curitiba é especialista em dissimular, protelar, enrolar e excessos de evasivas, devido dificuldades de atenderem os serviços essenciais, chega uma hora que governar com o coração, amor e os eufemismos enche o saco de todo mundo. A rejeição do prefeito ainda está em patamares preocupantes, para o bem da cidade vamos sacrificar o povo, a cidade sou eu(L’État c’est moi”)