Secretária da Saúde de Curitiba prevê que a pandemia se estenda até agosto

Em reunião remota da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), realizada  nesta segunda-feira (6), a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, apresentou o plano de contingência no enfrentamento ao novo coronavírus na capital paranaense. “Precisamos agir, mais do que nunca. Estamos subindo a montanha”, afirmou ela, sobre o pico de casos da pandemia. “Nossa previsão, e nossos planejamentos têm se confirmado, do ponto de vista de planejamento das ações, [é que] nós vamos começar esta semana a ter problemas em Curitiba. Até então a gente tinha uma situação confortável.”

“A pandemia, na nossa previsão, vai até agosto. O mundo inteiro trabalha no achatamento da curva. Quanto mais a gente achatar, menos pessoas por dia [vão adoecer]”, acrescentou. Até esse domingo (5), Curitiba registrava 162 casos confirmados de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Desses pacientes, 15 estão internados, 12 em leitos de UTI, e 68 foram liberados do isolamento. O primeiro óbito, de uma mulher de 56 anos, com comorbidades, foi confirmado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) nesta manhã. O Paraná soma 445 casos confirmados.

“Nós estamos vivendo um momento totalmente diverso de qualquer epidemia que a gente já tenha enfrentado”, afirmou ela, em relação à H1N1 e à zika, por exemplo. “A covid-19 abalou o mundo. Todos os sistemas do mundo estão buscando. Não há evidências robustas do que funciona e não funciona. E nós estamos construindo o caminho ao enfrentar a pandemia. Há muita cogitação, há muita especulação, muitos desenhos de cenários, mas nós não sabemos.”

Debate virtual – Presidente da Comissão de Saúde, Dr. Wolmir Aguiar (PSC) destacou a devolução de R$ 22 milhões pela CMC no final de 2019  para a Saúde municipal. Também lembrou que os vereadores destinaram uma série de emendas parlamentares à saúde municipal, ao orçamento deste ano, entre proposições individuais e coletivas. “A Câmara tem feito seu papel”, disse, em resposta à sugestão feita por Márcia no final da apresentação, de a Casa “alocar recursos para o coronavírus”.

À líder da oposição, Noemia Rocha (MDB), a secretária disse que não é possível, neste momento, dimensionar o orçamento destinado ao combate do novo coronavírus. “Estamos gastando muito. Todo nosso planejamento orçamentário e financeiro se perde. Isso no Brasil e no mundo. Os equipamentos subiram muito e quando a gente acha, dá graças a Deus”, pontuou. De acordo com ela, o governo federal vai financiar os leitos de UTI e alguns insumos. “Estamos discutindo com o governo do estado os leitos clínicos.”

A Noemia Rocha, Dalton Borba (PDT) e Maria Leticia (PV), Márcia Huçulak voltou a negar a falta de EPIs. “Há muita falação. Não falta EPI”, defendeu. Os profissionais, argumentou, devem ser cautelosos ao retirar os equipamentos, para não haver contágio. “O que pedimos é o uso racional. O racionamento é mundial, não é aqui.”

 

 

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