Se STF deixar Lula solto, vai ter sangue, diz general

Tem razão a presidente do Supremo, ministra Cármem Lúcia, ao pedir “serenidade” neste momento de “intolerância” que precede o julgamento no STF do habeas corpus preventivo para Lula não ser preso, apesar de condenado em segunda instância. Declarações do general da reserva Luiz Gonzaga Lessa justificam preocupação de Cármem Lúcia.

Segundo o militar, se o Supremo Tribunal Federal (STF) deixar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solto, estará agindo como “indutor” da violência entre os brasileiros, “propagando a luta fratricida, em vez de amenizá-la”, afirmou ao Estadão.

Lessa foi além. Disse que, se o tribunal permitir que Lula se candidate e se eleja presidente, não restará alternativa do que a intervenção militar. “Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá.”

As declarações de Lessa se inserem na onda manifestações de oficiais generais da reserva contra a concessão de habeas corpus para impedir a prisão de Lula e a possibilidade de o petista se candidatar à Presidência. “Nosso objetivo principal nesse momento é impedir mudanças na lei e colocar atrás das grades um chefe de organização criminosa já julgado e condenado a mais de 12 anos de prisão que, com o respaldo desse supremo fortim (o STF), tem circulado livre e debochadamente por todo o território nacional, contando mentiras, pregando o ódio e a luta de classes”, escreveu o general Paulo Chagas, que é pré-candidato ao governo do Distrito Federal.

Na semana passada, em entrevista à Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, Lessa foi foi enfático. Disse que a confrontação não será pacifica. “Vai ter derramamento de sangue, infelizmente é isso que a gente receia.” E acrescentou que essa crise “vai ser resolvida na bala.”

2 COMENTÁRIOS

  1. De novo ContraPonto, voces endossam este tipo de manifestação ou estão “fazendo jornalismo”?

    E não se animem é uma pergunta retórica. Eu ja sei a resposta. Alias provavelmente muito mais gente…

    Mas , de novo, esperar o que dos milicos que fizeram da tortura o modo de operação para “derrotar” o inimigo interno, ou sejam os opositores da época.

    A forma solerte e torpe como fazem isso ja esta documentada na nossa História. Canudos e o Contestado não foram e nunca serão fatos isolados.

    Resta ao povo resistir votar na oposição em outurbro. Mas oposição de fato. Tipo aquela que esteve reunida ontem no Rio e que o ContraPonto prefere mais uma vez não “noticiar”, como se isso escondesse a realidade.

    Ontem fizeram isso com a “entrevista” do senador submarino. ao El Pais que foi um fiasco.

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