Se meu telefone falasse

Três celulares apreendidos no apartamento de Beto Richa e na casa de Pepe Richa durante operações da Polícia Federal e do Gaeco podem conter segredos importantes ainda desconhecidos dos investigadores e da Justiça. Entregues pela Polícia Federal, para onde inicialmente tinham sido levados, os aparelhos agora estão de posse da 13.ª Vara Criminal de Curitiba e prontos para ser submetidos à perícia e à extração dos dados que podem ser úteis à instrução do processo referente à Operação Rádio Patrulha.

A tramitação do processo está paralisada desde o início do mês por decisão liminar do presidente do STJ, ministro João Otávio Noronha, que atendeu a pedido dos irmãos Beto e Pepe. Entretanto, a ordem de Noronha pode ser derrubada a qualquer momento pela relatora do caso, a ministra Laurita Vaz. Quando (e se) ela decidir pela retomada do processo, iniciam-se os interrogatórios dos seus 12 réus e depoimentos de cerca de 50 testemunhas (acusação e defesa). Até lá é provável que o conteúdo dos celulares já tenha sido desvendado pelos peritos.

Um dos três celulares pertencia ao ex-governador Beto Richa e foi encontrado escondido no closet da suite do casal. Outro era de uso da ex-primeira dama Fernanda Richa.

O terceiro, apreendido na casa de Pepe Richa, só não foi periciado antes porque os técnicos não conseguiram quebrar a senha. O problema está agora resolvido, e o acesso aos registros está disponível para as transcrições necessárias.

Também foram entregues ao juiz da 13.ª Criminal, Fernando Bardelli Fischer, HDs contendo cópias das extrações de celulares de Beto Richa e de outros quatro réus da Operação Rádio Patrulha – Jorge Atherino, Deonilson Roldo, Ezequias Moreira e Dirceu Pupo, o contador das empresas da família Richa.

O quanto o conteúdo dos celulares vai incriminar (ou inocentar) os acusados é ainda um mistério.

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