O Ministério da Saúde vai manter o processo de compra do medicamento L-asparginase, apontado por especialistas como pouco eficaz para tratar crianças com leucemia dos hospitais do SUS. Já instituições credenciadas e hospitais filantrópicos receberão verba para adquirir os remédios que acharem mais convenientes, segundo informa o Estadão.
Nesta semana, estudo do Centro Infantil Boldrini, hospital filantrópico especializado em oncologia de Campinas, indicou que o L-asparginase não tem qualidade para uso em humanos. O trabalho foi publicado na revista EBioMedicine. O resultado do estudo de Campinas é questionado pelo ministério.
Segundo a pasta, o trabalho foi feito com um pequeno número de camundongos e os achados obtidos não podem ser extrapolados para humanos. Silvia Brandalise, a presidente do Centro Boldrini, discorda. “Não há como fazer o teste em humanos, por questões éticas. Sobretudo porque resultados foram ruins com animais”, afirma.