Sanepar joga mais dinheiro na Pasadena de Beto

(por Ruth Bolognese) – Com três anos de existência, R$ 62 milhões de investimentos diretos e R$ 100 milhões indiretos, e sem distribuir um volt de energia, a empresa público-privada da Sanepar, a CS Bioenergia, ganhou mais aditivo da sócia maior. Agora, a Sanepar vai responder, também, pelo transporte de material orgânico da Ceasa até a Estação de Tratamento do Belém – a ETE Belém. Ontem a sempre presente Cavo venceu o leilão com a proposta de R$ 118.749,00 por um ano de operação.

Sobre as denúncias levantadas por esse Contraponto, a partir de trabalho de investigação do repórter Alex Ribeiro do Livre.Jor, a Sanepar nada respondeu até agora. A CS Bioenergia é uma parceria firmada entre a Sanepar e a Catallini Bioenergia. Essa empresa se tornou sócia da Sanepar há três anos para trazer tecnologia austríaca e transformar o lodo gerado pela estação de tratamento ETE Belém em energia elétrica suficiente para abastecer 2 mil casas . É o mais importante projeto, senão o único, do governo Beto Richa na área ambiental.

Na sequência da instalação da usina de processamento descobriu-se que o lodo da Sanepar não contém material orgânico suficiente para o processamento. Decidiu-se, então, trazer material orgânico da Ceasa, restos de frutas e verduras. E aí entraram o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para questionar o acordo com a Ceasa – o material orgânico pertence a catadores de recicláveis segundo compromisso já firmado – e a Sanepar não poderia ser minoritária (40%) numa parceria com empresa privada. E mesmo minoritária, a Sanepar assumiu os custos de transporte de material e já se prepara para lançar uma nova licitação para instalação de decantadores para processamento do material orgânico.

Aguardam-se as justificativas da Sanepar.

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