Um Rabino, um Padre e um Pastor costumavam reunir-se para jogar cartas.
A cidade onde moravam e atendiam as respectivas comunidades era pequena e não oferecia nenhuma forma de entretenimento. Os amigos aproveitavam os momentos de distração para debater temas religiosos.
Depois de algum tempo um deles sugeriu que passassem a apostar pequenos valores para que o jogo tivesse um pouco de emoção, e assim fizeram.
As leis locais proibiam o jogo a dinheiro e um dia o Xerife, suspeitando dos encontros, flagrou o grupo e os levou ao juiz local.
Depois de ouvir a história do Xerife, o Juiz perguntou em tom severo ao Padre:
– “O senhor estava jogando, Padre?”
O Sacerdote olhou para o céu, sussurrou:
– “Oh, Senhor, me perdoe!” e então respondeu – “Não, Excelência, eu não estava jogando.”
O Juiz então inquiriu o Pastor:
– “Reverendo, me diga, o senhor estava jogando?”
Assim como o Padre havia feito, ele também olhou para cima e disse em voz baixa:
– “Peço perdão pelo pecado que estou prestes a cometer, meu D-us” – e disse ao Magistrado – ” Não, Meritíssimo, eu não estava jogando.”
Chegou a vez de perguntar ao último jogador:
– “E o senhor, Rabino, estava jogando?”
E ele, com a vantagem de ser o último interrogado, respondeu bem rápido:
– “Excelência, o senhor já viu alguém jogar sozinho?”