Rossoni quer voltar à política como candidato a prefeito de União da Vitória

O ex-deputado (estadual e federal) Valdir Rossoni, ainda filiado ao PSDB, trabalha para emplacar candidatura a prefeito de União da Vitória, município para o qual transferiu seu domicílio eleitoral. Originalmente seu título era de Bituruna, cidade vizinha da qual foi prefeito e que o lançou na carreira que o levou a ser deputado estadual por cinco mandatos e presidente da Assembleia Legislativa, além de um de deputado federal.

O prazo das convenções partidárias para definição dos candidatos a prefeito e vereador termina em 16 de setembro, de acordo com o novo calendário baixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alterado em razão da pandemia do coronavírus. O pleito em primeiro turno foi fixado para 15 de novembro e o segundo para o dia 29.

Até a data das convenções, o ex-chefe da Casa Civil e homem forte durante o segundo mandato do governador Beto Richa, Rossoni enfrentará a dura tarefa de reaver o prestígio perdido. Dedicado nos últimos dois anos a administrar sua indústria de compensados, quer fazer o teste de retorno à vida pública candidatando-se justo à prefeitura de União da Vitória – município que na penúltima eleição (2014) lhe deu 15 mil votos e na última (2018) apenas 4 mil, numa demonstração da perda de substância política que sofreu em quatro anos.

Rossoni não conseguiu voltar à Câmara Federal. Faltaram-lhe pouco mais de 300 votos, muito menos do que os 11 mil que lhe foram negados por União Vitória em 2018. Como ficou na suplência, sua cadeira acabou ocupada pelo histriônico Boca Aberta, deputado de atividade legislativa inexpressiva e hoje afastado da Câmara em razão de infrações éticas.

O ex-deputado ainda luta para articular forças locais visando a viabilizar a candidatura e para enfrentar pesos-pesados que também têm a pretensão concorrer – caso do deputado Hussein Bakri, atual líder do governo Ratinho Jr. na Assembleia Legislativa, que declara pretensão de voltar à prefeitura pela terceira vez (já exerceu o cargo por dois mandatos, de 2001 a 2008).

Adversários de Rossoni, por outro lado, apostam na rejeição ao seu nome e tentam sabotar sua intenção de se candidatar lembrando o envolvimento dele em processos que correm no Judiciário que o colocam como réu no caso, por exemplo, da Operação Quadro Negro, apesar de não ter havido ainda julgamento final ou condenação.

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