O deputado Luiz Cláudio Romanelli não esperou a decisão do diretório nacional do seu partido, o PSB, para escalar a posição dos candidatos que disputarão a eleição de governador do estado. Segundo ele há três candidatos fortes – Cida Borghetti (PP), Ratinho Jr. (PSD) e Osmar Dias (PDT), e um ainda incerto, Roberto Requião. Para cada um deles, Romanelli estabelece as alianças partidárias pelas quais vão concorrer, conforme entrevista que deu à rádio BandaB.
Quanto a Cida e Ratinho, as legendas indicadas são as que todos já conhecem, mas com relação a Osmar Dias ele afirma que ainda há a pendência de o PSB firmar aliança com o PDT. Esta decisão competirá ao diretório nacional e não aos dirigentes estaduais, afastados de qualquer decisão pelo presidente Carlos Siqueira, como o próprio Romanelli declara na entrevista.
Entretanto, o deputado, que é líder do governo na Assembleia e admirador de Beto Richa, diz que o destino de Osmar Dias é de firmar parceria com o MDB do senador Roberto Requião. Isto é, não espera a decisão do PSB nacional, que só vai se pronunciar na próxima segunda-feira (19). Ou seja, se o PSB se decidir por Osmar, Romanelli parece estar antecipando uma dissidência – o que poderá levar a ele próprio e aos demais deputados estaduais da bancada socialista a procurar outro partido para se filiar.
Veja a entrevista completa:
Osmar e Requião no mesmo palanque e maioria da base apoiando Cida, prevê Romanelli
O líder diz ainda que tem convicção de que Beto Richa deixa o cargo em abril para disputar o Senado
Ele transita bem na maioria dos partidos que compõem a Assembleia Legislativa do Paraná. Tem a confiança do governador Beto Richa (PSDB) e o respeito da oposição. Com essas credenciais, o líder do Governo na Alep, Luiz Cláudio Romanelli (PSB), traça um quadro sobre o que aposta que irá acontecer nas eleições estaduais em outubro.
Em entrevista à Banda B, o homem que representa Richa junto aos deputados e vai disputar a reeleição, faz várias previsões. Aposta, por exemplo, numa aliança entre o pré-candidato Osmar Dias (PDT) com o senador Roberto Requião (MDB), acredita também numa base de apoio de cerca no mínimo cinco partidos em torno da vice-governadora e pré-candidata Cida Borghetti (PP) e ainda tem convicção de que Richa deixa o cargo em abril para disputar o Senado.
A seguir, a entrevista de Romanelli par a Banda B, nesta quinta-feira (14):
Banda B – Quais serão os principais nomes que devem disputar o Governo do Paraná em outubro?
Romanelli – Temos quatro pré-candidatos de expressão: Osmar Dias, Ratinho Jr, Cida Borghetti e, talvez, Roberto Requião. Os três primeiros acreditam que saem com certeza, já o Requião, vamos ver.
Banda B – O governador Beto Richa disse que pode não deixar o Governo em abril para disputar o Senado, mas a maioria dos políticos acredita que ele sai e Cida Borghetti assume. Richa sai ou não do Governo?
Romanelli – Tenho convicção que ele vai se desincompatibilizar e disputar uma cadeira no Senado. Beto Richa é uma pessoa preparada e ter um nome que foi governador e tem uma visão de Estado, seria muito bom para o Paraná. É uma pessoa que não vai trabalhar pelos seus interesses pessoais. Ele fez dois mandatos muito bons em Curitiba e fez um bom governo, enfrentou dificuldades, mas teve coragem e vontade de superar os problemas. Sem dúvida, seria um excelente Senador.
Banda B – O senhor deve se manter como líder do Governo depois de abril, com Cida Borghetti no comando, como prevê?
Romanelli – Integro o PSB, que tem cinco deputados e claro que o nosso partido deve fazer parte da base de apoio da Cida na Assembleia. É ela quem vai definir o nome de quem vai liderar a bancada da base. É muito cedo para prever se ficarei ou não na liderança.
Banda B – Pelo que está se desenhando, o senhor concorda que teremos PSB, DEM, PR, PSDB, PTB e PP COM Cida Borgheti; PSD e PSC com Ratinho Jr e MDB e PDT com Osmar?
Romanelli – Mais ou menos isso. Ressaltando que, embora o PSB tenha um diretório e uma estrutura importantes no estado, a decisão sobre as coligações em 2018 passará pelo diretório nacional.
Banda B – A possibilidade de Osmar Dias ir para o PSB está descartada?
Romanelli – O PSB formalizou o convite para o ex-senador Osmar Dias em 2016 conforme ele mesmo havia pedido. Ele nos procurou demonstrando o interesse e o convite foi feito. Cabe a ele agora a última palavra junto com a direção nacional do PSB.
Banda B – O senhor acredita num palanque, lado a lado, com Osmar Dias e Roberto Requião. O primeiro para o governo e o segundo para o Senado?
Romanelli – Creio que o Osmar e o Requião têm uma relação política e pessoal e é muito provável que os dois estarão no mesmo palanque em 2018. Isso se o Requião não decidir disputar o governo. Os dois fizeram uma reunião no início do ano, com plano de governo comum e até postaram um vídeo juntos. Penso que Requião e Osmar estarão juntos sim em outubro.
Banda B – O senhor acredita que Ratinho Jr vai assumir uma postura de oposição ao governo Richa diante da candidatura de Cida, mesmo ele tendo sido secretário do Governo?
Romanelli – Isso você tem que perguntar para o ratinho Jr. Não consigo saber qual será o discurso de campanha dele. Claro que todos os candidatos terão que apresentar para a população por que querem ser governador, siando do discurso e mostrando soluções. E isso com um orçamento curto em época de crise. Não tem dinheiro para tudo e todos têm que cuidar com promessas. O eleitor tem que ficar atento.
Banda B – O senhor acredita no apoio de Rafael Greca, prefeito de Curitiba, do PMN, à candidatura de Cida Borghetti? Isso ajuda?
Romanelli – O apoio de Greca será muito importante para a vice-governadora. Ele assumiu a prefeitura de Curitiba num caos, devendo para todo mundo e vem fazendo um duro ajuste fiscal. Aos poucos vem demonstrando que a cidade está ficando melhor, com obras importantes e a recuperação da área da saúde. A parceria com Greca é fundamental para viabilizar a campanha dela.
Banda B – A janela partidária termina dia 8 de abril. O senhor está vendo uma movimentação grande de deputados para a troca de partido?
Romanelli – Por enquanto, há pouco movimento. A maior parte dos deputados que estavam desajustados em seus partidos trocou na janela de 2016. Agora, a maioria está confortável. Mas claro que o prazo se esgota em abril, daí veremos melhor.
Perdeu meu voto Romanelli
E olha que já te defendi aqui naquele caminhão carregado de coca
Tchau pra vc, escolha errada a sua