A Secretaria Especial de Cultura nomeou nesta segunda-feira (2) dois novos gestores ligados a Olavo de Carvalho, espécie de guru ideológico do governo de Jair Bolsonaro.
Para a Fundação Nacional de Artes (Funarte) foi nomeado o maestro Dante Mantovani, que em canal no Youtube endossa várias teorias da conspiração, como a de que o governo americano teria distribuído drogas sintéticas a jovens nos anos 1960 graças a agentes soviéticos infiltrados.
Já o novo presidente da Biblioteca Nacional é monarquista e defendeu a agressão do jornalista Augusto Nunes ao colega Grenn Greenwald.
Num canal com quase sete mil internautas inscritos no Youtube, o novo presidente da Funarte se propõe a falar de música clássica, mas constantemente descamba para teorias da conspiração.
Ao desqualificar as qualidades musicais do rock, por exemplo, dispara: “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”.
Ele também defende que o rock, em geral, não pode ser classificado como música, mas diz que, apesar disso, gosta de duas bandas do gênero. A norte-americana Metallica e a brasileira Angra, ambas representantes do gênero heavy-metal. “Rock é muito bom quando você está dirigindo e te da aquele sono”, avalia ainda.
Mantovani critica ainda o festival Woodstock. “Woodstock foi aquele festival da década de 60 que juntou um monte de gente, os hippies fazendo uso de drogas, LSD, inclusive existem certos indícios de que a distribuição em larga escala de LSD foi feita pela CIA [agência de inteligência do governo americano]. Mas como pela CIA? Tinha infiltrados do serviço soviético”.
Na UEL – Dante Mantovani possui graduação – Licenciatura em Música (2005) e especialização em Filosofia Política e Jurídica (2007). Tem mestrado em Estudos da Linguagem (2008) e doutorado em Estudos da Linguagem (2013), ambos na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Trabalhou como professor na área de Estilística do Português (2007), na área de Linguística Textual no curso de Bacharelado em Estudos da Linguagem e atualmente na graduação em Licenciatura em Letras da Universidade Estadual de Londrina(2010-atual)) Atuou também no curso de Pedagogia na Universidade Norte do Paraná (Unopar )2008. Foi monitor do Núcleo de Música Contemporânea (2003-2005) e no L.I.S. (Laboratório de Investigação Sonora, 2003-2004). Foi coordenador-geral do II Encontro Nacional de Compositores Universitários (2004), Editor-chefe da Revista Entretextos, (2007-2008) e representante discente no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, ambas atividades na UEL. Tem experiência docente em áreas relacionadas aos Estudos da Linguagem, Educação musical e Regência Coral e instrumental, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação musical, Linguística Textual, Regência coral e Instrumental.
O nomeado para presidir a Biblioteca Nacional, Rafael Alves da Silva, que se identifica como Rafael Nogueira nas redes sociais, é um apaixonado pelo monarquismo e saudoso do período em que o Brasil seguiu o regime.
As nomeações publicadas nesta segunda no Diário Oficial da União (DOU) são responsabilidade do chefe da Secretaria Especial da Cultura, Roberto Alvim, que tem feito uma série de contratações polêmicas para os órgãos pelos quais é responsável.
Na semana passada, ele nomeou para a Fundação Palmares o jornalista Sérgio Nascimento de Camargo, que afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes”.
Acho que o negócio dele é, pela ordem, Gospel, Sertanejo Universitário, Anitta e, para coroar, Pabblo Vittar.
Conhecendo os vagabundos desse desgoverno e os fdps dos seus eleitores, chega-se à conclusão de que o aborto se faz necessário.