Riquixá chega a Curitiba

Se algo tem rabo de jacaré, couro de jacaré, boca de jacaré, pé de jacaré, olho de jacaré, corpo de jacaré e cabeça de jacaré, como é que não é jacaré?

Riquixá chega a CuritibaEsta frase antológica é de Leonel Brizola, ex-governador de dois estados (Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro), fundador do PDT, um dos hábeis políticos da história recente do país.

Ela pode ser aplicada às irregularidades nas licitações para concessão do transporte coletivo encontradas na Operação Riquixá pelo Ministério Público em Guarapuava e Paranaguá, e que agora entram em fase final de apuração em Curitiba. Houve prisões, conduções coercitivas e buscas e apreensões em Guarapuava e em Paranaguá. Não é improvável que o MP, por meio de seu braço policial, o Gaeco, se veja obrigado a agir da mesma maneira em Curitiba.

Os núcleos empresariais são os mesmos, os advogados são os mesmos, os métodos são os mesmos… então, por que em Curitiba o jacaré não seria jacaré?

Delações do advogado Sacha Reck, que atuou para os mesmos grupos empresariais nas três cidades e também em outras do país (incluindo Brasília), comprovam que os editais eram elaborados pelo seu escritório e previamente negociados com os agentes públicos dos municípios. O resultado era invariavelmente os mesmos: as empresas ganhavam as licitações de acordo com normas que lhes eram as mais convenientes.

Em Curitiba, a licitação do transporte coletivo foi lançada, ainda na gestão do prefeito Beto Richa, em dezembro de 2009 e concluída em fevereiro de 2010 com a escolha dos consórcios vencedores que, coincidentemente, são formados por empresas que participaram dos esquemas nas duas outras cidades. paranaenses.

 

 

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