(por Ruth Bolognese) – O governador Beto Richa fugiu durante meses da decisão de desembarcar do governo Temer. Depois, quando já não era mais possível disfarçar, disse que sim, que os tucanos deveriam seguir outro rumo. E mais não disse.
A verdade que, para Richa, virar as costas para Temer tem um preço alto. A começar pelo cargo federal mais importante do Paraná, a diretoria geral da Itaipu Binacional, ocupado atualmente pelo ex-presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna. O poder da Itaipu é incalculável quando se trata de realizar convênios com prefeituras para programas diversos, moeda de alto valor num ano eleitoral.
Agarrado a Temer também está o ministro da Saúde, Ricardo Barros, marido da vice-governadora e aliado primordial para as eleições do ano que vem.
E em Brasília estão os projetos do governo do Paraná, em várias áreas, que em caso de um rompimento com o Presidente, mudam de cima da mesa para a última gaveta.
Por isso e por muito mais, o desembarque paranaense do Governo Temer é mais virtual do que real. Melhor ninguém tocar no assunto com o governador José Richa. Se o fizer, vai ouvir algo do tipo “anham”. E olha lá.