Ricardo Barros, o pragmático

(por Ruth Bolognese) – Os ministros do governo Temer se dividem entre os completamente desconhecidos, o Henrique Meirelles e aqueles que dormem com a malinha pronta a espera da Polícia Federal chegar.

Nenhum deles, no entanto, representa tão bem o governo em que está como o paranaense Ricardo Barros, da Saúde. Na desfaçatez da linguagem e na ousadia da ação.

Nessa final se semana, por exemplo, o ministro afirmou que é decisão dele, e política, a instalação de uma fábrica de hemoderivados em Maringá, por sinal o reduto eleitoral dele e onde perdeu a última eleição. E o fará através de um consórcio formado entre laboratórios públicos e privados. Uma nova Hemobrás, em detrimento daquela que já existe em Pernambuco.

Ricardo Barros já fez campanha no exercício do cargo, disse que pobres vão aos postos de Saúde sem necessidade e uma série de outras barbaridades que nem caberiam nesse espaço.

A jornalistas que o entrevistam, já se auto-definiu como um “operador político pragmático”, tradução para a prática política do baixo clero na Câmara Federal, onde tudo se negocia: desde um golpe presidencial até uma fábrica de sangue.

Eis aí o homem certo no lugar certo.

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