Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, disse que o Poder Judiciário e o Ministério Público “estão muito fora da casinha” e que dedica o seu mandato como deputado a “enquadrá-los”. Ele também afirmou que “a força-tarefa da Operação Lava Jato desesperadamente quer esconder do procurador-geral da República Augusto Aras os seus métodos”.
Aras deve decidir até setembro o futuro da força-tarefa da Lava Jato, mas já apontou que pretende impor uma “correção de rumos” com a adoção de um novo modelo de investigação, sem métodos “personalistas” nem “caixas-pretas”.
“Foi excelente o resultado da Lava Jato no combate à corrupção. Não tenho dúvida disso. Mas o combate ao crime foi feito cometendo crimes? É essa a pergunta a qual a sociedade quer resposta”, disse Barros.
Ricardo Barros disse na entrevista que a aproximação do presidente Jair Bolsonaro com parlamentares do Congresso Nacional, em especial do Centrão, não é um “toma lá dá cá”, uma das práticas que Bolsonaro prometeu, durante a campanha de 2018, acabar. Segundo Barros, o presidencialismo de coalizão está previsto na Constituição.