(por Ruth Bolognese) – Quando assumiu o ministério da Saúde, o paranaense Ricardo Barros, PP, se auto definiu como “um bom pau mandado do Presidente: ele manda e eu faço”.
Não só cumpriu o prometido, como foi além. É um dos únicos ministros que conseguem criar uma agenda positiva num governo que já é notícia ruim pelo simples fato de existir. Também por essa capacidade, o governador Beto Richa , quando religado, admite que Barros lhe faz falta.
Ontem mesmo o ministro montou o palanque para Temer dar o recado da hora, agradar deputados, aparecer no JN. O assunto era a criação de novos cursos de medicina. Mas já houve saúde bucal, parto humanizado, economia de gastos e por aí vai.
Por mostrar tanto serviço, Ricardo Barros pode falar que criança come mal porque a mãe não cozinha, que médico do SUS é vagabundo, que pobre adora um balcão de postinho do SUS ou a barbaridade que quiser. Pode fazer casamento ostentação em Curitiba e até comprar remédio de efeito duvidoso na China. Vai continuar ministro.
A ironia disso tudo é que Ricardo Barros ama, acima de tudo, ser ministro. De quem, não importa. E vai continuar ministro até quando lhe aprouver. No momento, Temer é apenas um rito de passagem.