Boletim divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Instituto Água e Terra (IAT) revelou que a primeira etapa da revitalização da Orla de Matinhos alcançou 92,8% em janeiro. O avanço foi de 0,5% em relação a dezembro, seguindo o planejamento inicial que previa a diminuição do ritmo das obras em razão do grande fluxo de turistas que visitam o Litoral do Paraná nesta temporada de verão. A recuperação do balneário, contudo, está dentro do cronograma, com previsão de término para o segundo semestre deste ano.
O levantamento é elaborado mensalmente pelo órgão ambiental em parceria com consórcio Sambaqui, grupo de empresas responsável pelas obras, vencedor da licitação pública. A revitalização da orla é a principal intervenção urbana da história do Litoral do Paraná, com investimento de R$ 354,4 milhões por parte do Governo do Estado após recente atualização dos custos e adequação do projeto – o contrato original era de R$ 314,9 milhões.
“O prazo segue sendo cumprido à risca, dentro do que planejamos há mais de um ano. Estamos otimistas de que poderemos entregá-la à população antes do prazo previsto”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
A principal evolução se deu nas intervenções de drenagem urbana. Após a finalização do processo de macrodrenagem no canal da Avenida Paraná, o foco passou a ser as obras de microdrenagem, que avançaram de 31,3% para 36,1%. É esse sistema que, quando concluído, ajudará na contenção de alagamentos e cheias derivadas de fortes chuvas ou ressacas intensas, uma antiga reivindicação de moradores locais e turistas.
A nova drenagem de Matinhos funcionará da seguinte maneira: quando a chuva cair na cidade, a água escorrerá para as canaletas de microdrenagem localizadas ao lado das ruas, próximas às calçadas, e de lá escoará para o sistema de macrodrenagem, composto por extensos canais sem tampa que conseguem transportar um grande volume por grandes distâncias, como o canal do Rio Matinhos, o da Avenida Paraná e o da Avenida Juscelino Kubitschek.
Depois de passar pela macrodrenagem, a água será lançada para o destino final: um dos corpos hídricos da cidade, como o mar, o Rio Matinhos ou os afluentes com o Rio Milome.
Ainda de acordo com o relatório, as cinco estruturas marítimas – espigão da Praia Brava, os guias de correntes da Avenida Paraná e de Matinhos e os headlands dos balneários Riviera e Flórida – estão concluídos, faltando apenas acabamentos. A construção dessas peças foi pensada para melhorar a balneabilidade, ajudar na manutenção da areia da praia e atuar no auxílio a contenção de ressacas.
Além disso, o levantamento indica que foram lançados 100% dos tetrápodes em todos os pontos de revitalização da orla: Praia Brava (340 peças), Flórida (681), Riviera (681), Rio Matinhos Norte (469), Paraná Sul (1.241) e Rio Matinhos Sul (1.259). Os tetrápodes são peças de concreto com cerca de 3 metros de altura e 4,3 metros cúbicos de volume, pesando, cada uma, entre 10 e 12 toneladas. São equipamentos essenciais para evitar possíveis danos às estruturas marítimas.
Já a etapa de urbanização, com calçamento, pavimentação, instalação de lombadas e paisagismo, tingiu 95% em Caiobá e 81,7% nos demais balneários. (AEN; Foto: :Roberto Dziura Jr/AEN).