Reviravolta na eleição do MP

Como o Contraponto informou mais cedo, até a terça-feira à tarde (28) estava tudo certo para que fosse candidato único a concorrer a procurador-geral de Justiça o atual, Ivonei Sfoggia, que seria reeleito para mais dois anos de mandato. Na última hora, já quase no encerramento da hora de inscrições, surgiu, porém, mais um nome para concorrer à mesma posição, o da promotora Fernanda Garcez.

Esta nova participante no pleito teria uma implicação grave para o grupo fechado que de fato comanda (às claras e à sombra) o Ministério Público Estadual. Ainda que ela fosse derrotada e Ivonei, por ter mais votos, nomeado pelo governador, é da tradição do MP que ocupem cargos estratégicos na instituição os que figurarem nos dois primeiros lugares seguintes na votação.

Havendo dois candidatos, e Fernanda ficando em segundo lugar, estaria “politicamente” habilitada a dividir algum poder com Sfoggia. Ela seria um “estranho no ninho”, um incômodo a ser evitado.

Diante desta situação, o grupo que ampara Sfoggia tirou da cartola o plano B: imediatamente inscreveu também dois outros candidatos – os procuradores Leonir Batisti e Marcos Fowler – para formar “chapa” com Ivonei Sfoggia, na tentativa de fazer destes dois os seguintes mais votados. Desse modo, Fernanda Garcez estaria condenada a ficar em quarto lugar e fora da possibilidade de dividir poderes no MP.

Resumo da ópera: a eleição será dia 15 e, de novo, a situação parece mostrar mesmo que está “tudo dominado”.

3 COMENTÁRIOS

  1. Lula – José Dirceu – Dilma – Haddad. Em 2020, vamos achar alguém que seja a “cara ou a cor” das minorias. Seria bem mais a imagem do que queremos. Mas quem?! Alguém que defenda a democracia?! De carrão e com salario de 39 mil?! Boa.

  2. Sempre assim. O mesmo grupo aniquilando a possibilidade de votos para a alternância democrática da Administração. Tudo isso porque aqueles que não são do mesmo grupo não conseguem mais espaço. O maior articulador desse projeto de manutenção de poder, junto com servidoras fiéis à causa, selecionam novos membros para ingressar ano a ano na carreira, garantindo o resultado das eleições de biênio em biênio. Semelhança clara com o executivo federal dos últimos anos. Vergonha!! Todos só falam nisso. E não aguentam mais telefonemas calmos e delicados como forma de intimidar e impor o “calaboca”. Agradaram a oposição, mandando para longe, para não serem atrapalhados e agora o país todo mostrou o que pensa. Instituição imparcial…

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