O ex-senador e ex-governador Roberto Requião (MDB-PR) disse nesta segunda-feira (31) à Comissão do Voto Impresso, da Câmara dos Deputados, que o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter aderido a essa bandeira não tira sua legitimidade. “Eu vejo isso ser politizado agora (…) O Bolsonaro é a favor do voto [impresso], então tenho que ser contra o voto, o voto é dos milicianos – não tem nada disso. É uma melhoria do sistema de votação, uma evolução do sistema brasileiro”, afirmou.
“O Bolsonaro é a favor do voto impresso. E daí, minha gente? Se o Bolsonaro resolver agora que não vai mais trocar a cueca, que ele vai ficar seis meses com a mesma cueca, a oposição, por obrigação, vai usar a mesma cueca sem lavar seis meses? É ridículo isso”, acrescentou.
De acordo com o blog O Antagonista, o raciocínio de Requião não faz sentido. Ele rebate a tese de que não se deve rejeitar (e não copiar) automaticamente o que Bolsonaro defende.
Roberto Requião é autor do projeto que deu origem à lei do voto impresso em 2002. O voto impresso foi aplicado para cerca de 7 milhões de eleitores nessa eleição. No ano seguinte, a Lei nº 10.740 na prática aboliu a impressão do voto.