O secretário da Fazenda entre a técnica e a política

Durante mais de duas horas, o secretário da Fazenda, Renê Garcia, expôs a um minguado número de deputados na manhã desta quarta-feira (5) a situação financeira e orçamentária do estado. Mostrou-se cauteloso. Definiu-se como técnico responsável por manter as finanças públicas saudáveis e, nesta condição, obrigado a informar todos os números ao governador. Mas, alertou, as definições que eventualmente contrariem ou prejudiquem a sanidade das finanças serão de competência do comando político do estado.

Foi assim, por exemplo, que se comportou quando de uma pergunta direta do deputado Soldado Fruet – se Garcia fosse governador do estado, daria o reajuste de 2,76% no salário dos servidores, como defendeu em 2018, quando ainda deputado, o governador Ratinho Jr.?

E foi assim também quando questionado pelo deputado Requião Filho, que pediu uma posição clara do secretário: o governo do estado está realmente disposto a não dividir com outros poderes (Judiciário, Ministério Público e Legislativo) os recursos provenientes do Fundo de Participação dos Estados? São estes repasses que tiram do Executivo a capacidade de fazer investimentos ou de cumprir a data-base do funcionalismo, e abastecem de forma generosa os orçamentos das demais instituições.

Ao final da audiência pública de prestação de contas do primeiro quadrimestre pelo secretário, o líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Brakri deu uma notícia para aplacar os ânimos dos deputados e dos servidores públicos: até o final do mês o governador Ratinho Jr. dará uma resposta às reivindicações e apresentará “soluções duradouras”.

Veja as respostas do secretário Renê Garcia neste vídeo-resumo:

 

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