(por Ruth Bolognese) – Ao receber o troféu “Guerreiro do Paraná” esta semana, o jurista e professor René Dotti chamou a atenção das entidades públicas e privadas do estado para participarem diretamente do projeto educacional paranaense que inclui o ensino da História do Paraná nas escolas públicas e privadas do ensino médio. René concluiu seu discurso com uma frase do filósofo irlandês Edmundo Burke: “um povo que não conhece a sua história é obrigado a repeti-la”.
René Dotti recebeu a homenagem do Movimento Pró Paraná, MPP, na data dos 165 anos da Emancipação do Paraná como província de São Paulo e fez um resumo do esforço dos paranaenses em colocar em lei o estudo da história do Estado. “É correta a afirmativa de que a História do Paraná é a história dos seus caminhos. Desde as primeiras décadas com a chegada dos portugueses, o nosso estado se caracterizou como uma grande ponte de passagem: dos castelhanos para o Atlântico; dos escravocratas de indígenas; das invernadas das tropas vindas do Rio Grande para Minas e mais tarde das legiões de agricultores rumo aos cafezais paulistas”, ensinou René Dotti.
Em sua palestra sobre a Emancipação, René Dotti defende que a sociedade paranaense, através de suas entidades representativas deveriam participar mais diretamente do programa de ensino sobre a história do Paraná e, com isso, resgatar os fatos e figuras que demonstram o valores da cultura do Paraná.
O presidente do Movimento Pro Paraná, Marcos Domakoski, afirmou que a escolha do professor René Dotti para receber o troféu “Guerreiro do Paraná” se deu justamente pela história de vida dedicada à defesa dos direitos fundamentais e da democracia no plano nacional. E aqui no Paraná, pelo trabalho desenvolvido na área cultural e pelas causas paranistas, e como professor titular de Direito Penal da UFPR. “ O professor René tem uma biografia singular no Paraná, um exemplo para esta e as futuras gerações”, afirmou Domakoski.
Veja a íntegra do discurso do professor René Dotti:
Discurso Dotti Emancipação
Concordo. Só fui conhecer a história do Contestado, do Barão do Cerro Azul, dos caminhos que ligavam o litoral ao planalto e etc, depois de adulto. Um desleixo inacreditável com a nossa história. Recomendo, para começar, a leitura do livro “Histórias do Paraná”, de Jorge Narozniak.