Relatório informa que o Bitcoin Banco deve R$ 507 milhões e 6,4 mil credores

 

O grupo Bitcoin Banco, empresa de criptomoedas de Curitiba, está devendo R$ 507 milhões para 6.445 credores. O conglomerado é controlado pelo empresário Claudio Oliveira, conhecido como “rei do bitcoin”, e desde maio do ano passado não libera saques para seus clientes. A informação sobre a dívida consta no relatório inicial apresentado pela consultoria EXM Partners, administradora judicial da recuperação judicial do grupo. O documento foi entregue neste mês à 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba. A informação é do portal Uol.

Formado por oito empresas, o grupo Bitcoin Banco, entrou com pedido de recuperação judicial no final do ano passado. Na época, a empresa afirmou que a medida era “o único meio para permitir o reequilíbrio do negócio, a retomada das suas atividades e o consequente cumprimento de suas obrigações”.

De acordo com o relatório, 90% dos credores são investidores com recursos presos nas plataformas de negociação de criptomoedas da empresa, a Negocie Coins e a TemBTC. Antigos clientes do grupo emprestaram até dinheiro da avó para aplicar no negócio. Entre os credores do conglomerado também está o escritório de advocacia Nelson Wilians & Advogados Associados. Um dos maiores do Brasil, o escritório defendeu o Grupo Bitcoin Banco no ano passado, mas deixou o caso. A dívida do grupo com a empresa é de R$ 1,8 milhão. Problemas nas informações prestadas pela empresa A EXM Partners apontou divergências contábeis nas informações apresentadas pela empresa.

O relatório cita, por exemplo,, que o Grupo Bitcoin Banco deixou de prestar informações importantes sobre a real situação do negócio. Além disso, a empresa teria repassado informações incorretas sobre o passivo (total de contas a pagar). Ainda segundo o relatório, o conglomerado também não liberou o extrato que mostra as movimentações de criptomoedas do ano passado e teria apresentado demonstrações contábeis de setembro de 2019 “que não refletem a realidade”.

Procurado pela reportagem do Uol, o Grupo Bitcoin Banco informou que não comentará o relatório porque ele faz parte do processo judicial.

o relatório, a empresa se manifestou dizendo que está “trabalhando na regularização de sua contabilidade”. Informou também que não conseguiu passar todas as informações à administradora da recuperação judicial por causa de problemas com a Amazon Web Services. A Amazon, uma das credoras do conglomerado, presta serviço para o Grupo Bitcoin Banco, mas teria bloqueado o acesso aos servidores do negócio por falta de pagamento. A dívida das empresas do “rei do bitcoin” com a Amazon é R$ 730 mil. Esse montante, no entanto, já teria sido quitado no final do ano passado, segundo o próprio documento da EXM Partners.

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