O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) pediu nesta quarta (3) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados o arquivamento da representação contra o líder do Governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR) Os deputados pediram vista coletiva e o parecer não será votado nesta quarta.
A representação contra Barros foi apresentada em julho pelo PSOL.Para o partido, Barros “foi fundamental para o acordo da Covaxin com o Governo Brasileiro”. Mais do que isso, o partido diz que Barros “participou diretamente ou por interpostas pessoas, do começo, do meio e do fim de um processo bilionário eivado de suspeitas e ilegalidades”.
No texto, o PSOL também escreveu: “Depreende-se da atitude do Deputado Ricardo Barros a prática de abuso das prerrogativas constitucionalmente asseguradas aos representantes do povo, ao fazer uso abusivo de sua posição de parlamentar Líder do Governo para negociar vantagens alhei[a]s aos interesses públicos, para si próprio e para a Precisa Medicamentos, empresa intermediária da Covaxin”.
Entre os fatos citados na representação, está a emenda apresentada pelo parlamentar paranaense que incluiu a agência sanitária indiana na lista de agências cujas recomendações obrigariam a Anvisa a emitir uma avaliação.
Em 4 de junho, a Anvisa aprovou a importação de 20 milhões de doses da Covaxin, mas com uma série de condicionantes. Marcelo Queiroga, posteriormente, cancelou o contrato de compra.
Para Cezinha, as “imputações contidas” no texto do PSOL “não se mostram certas, objetivas, circustanciadas”.“Não há como este Conselho de Ética continuar a apuração e a avaliação da conduta”, escreveu o relator. (De O Antagonista).