(por Ruth Bolognese) – Reitores das sete universidades estaduais estão levando a Beto Richa notícias de que as instituições poderão suspender o início do ano letivo se não for reconsiderado um decreto assinado por ele e que reduz, unilateralmente, o número de horas/aula/ano em todas as instituições paranaenses em percentuais que vão de 20 a 50%.
Mais de 100 mil pessoas, entre estudantes de graduação, pós, professores e funcionários, serão atingidos pela medida, que contraria acordos já firmados no ano passado. O governador tenta demover os reitores da ideia de paralisar as universidades.
A iniciativa para promover a redução foi do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, mas nem mesmo o secretário da Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, teria sido previamente informado ou consultado. O decreto foi assinado por Richa nessa sexta-feira (16), dois dias antes do início do ano letivo e provocou o movimento dos reitores.
Depois do desgaste que se prolongou por mais de um ano sobre a inclusão das sete universidades no sistema Meta4 de Gestão de Folha de Pagamentos, exigência do governo Beto Richa, a decisão que partiu do secretário da Fazenda Mauro Ricardo levou à estaca zero o relacionamento entre os reitores e o governo.
Conforme um reitor de instituição estadual, que prefere não se identificar, reduzir o número de aulas/hora das universidades coloca em risco todo o planejamento já realizado. “Estamos perplexos diante de uma decisão unilateral, sem debate nem conhecimento das nossas instituições e que nos obriga a refazer todo o calendário escolar na véspera do início das aulas”, disse ele.
Os reitores se reunem a partir deste domingo em Curitiba para tratar especificamente desse assunto enquanto as sete universidades estaduais permanecem com os portões fechados.
E agora? Batam panelas! Funciona sim, podem crer!