Reforma política em primeiro lugar

A pauta prioritária do Congresso Nacional será fazer a reforma política, de preferência antes que chegue uma eventual nova denúncia de Janot contra Temer ou que se inicie efetivamente a reforma previdenciária. A opinião é do deputado João Arruda (PMDB), que aponta ser este o calendário de consenso entre todos os partidos, deputados e senadores.

Há urgência na reforma política. Ela tem de estar pronta até o início do mês de outubro para que possa valer para as eleições de 2018. Novas realidades, como a proibição de financiamento privado das campanhas e o medo-pânico que acomete os políticos e empresários só de ouvirem falar em caixa 2 e tornozeleiras, faz com que se acelerem providências para a instituição do fundo partidário – recursos orçamentários que o Tesouro terá de repassar aos partidos para financiar as campanhas. Não há outra saída, diz Arruda.

Mas a reforma não ficará só na questão do financiamento. Outras mudanças importantes virão. A tendência, por exemplo, é de se aprovar o “distritão” – sistema que acaba com a eleição proporcional. Coligações deixarão de fazer sentido: serão eleitos para a Câmara, o Senado e Assembleias Legislativas os candidatos mais votados, pela ordem.

Partidos pequenos, que por vezes elegiam representantes inexpressivos “nas costas” dos votos de legenda obtidos por meio das coligações, terão dificuldades de sobrevivência.

Somente depois de decisões tão graves como estas – citadas apenas como exemplos – é que será possível construir os cenários político-eleitorais em cada estado, opina João Arruda. E isto explica a paralisia que afeta os pré-candidatos quanto a montar alianças: não podem saber ainda com quem e nem sob que regras. Tudo depende da reforma política.

 

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