Há 45 anos, quando foi inaugurada, a sede do Tribunal de Contas do Paraná quase não contou com a presença do então governador Parigot de Souza. Ele achava faraônico demais o prédio moderno, de arquitetura impactante no Centro Cívico, e não queria ir. Cedeu por insistência de assessores, mas manteve o mau humor e cumpriu o protocolo a contra-gosto. Eram outros tempos, em que governadores se sentiam constrangidos em ver dinheiro público ser mal empregado.
De lá pra cá, o Tribunal de Contas tentou construir um anexo ao edifício atual, mas a ideia foi abortada numa operação que o Gaeco – que chegou a flagrar distribuição de propinas, prendeu um diretor e indiciou um ex-presidente que passou a responder a inquérito no STJ. As provas eram abundantes, mas foram anuladas porque o STJ entendeu que foram obtidas por meios ilícitos. Está todo mundo solto, com boas aposentadorias ou ainda exercendo cargo de conselheiro.
Agora o TCE anuncia uma reforma para o ano que vem, na área interna. O edifício, como outros que compõem o Centro Cívico de Curitiba, é tombado pelo patrimônio estadual.
Segundo o TC, as obras vão garantir a conservação do patrimônio público, que está desgastado e pode colocar em risco as instalações, principalmente hidráulicas e elétricas. O edital e licitação foi publicado nesta quarta-feira (6) e o preço máximo para a realização das obras é de R$ 1.570.483,60. A partir de 9 de Janeiro as propostas apresentadas serão abertas.
Desperdício.
Deve ser só pro cerimonial mesmo, receber autoridades…
Os que lá trabalham e vão trabalhar de verdade (alguns dizem trabalhar em casa…) não passam 6h diárias lá, maioria mesmo tem jornada de 4 hrs, não dá nem tempo de sentir vontade de ir no banheiro…