O governo Bolsonaro decidiu aguardar a escolha dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, no início do ano que vem, para enviar ao Congresso Nacional a reforma administrativa. Segundo o jornal O Globo, a estratégia inclui a aprovação, primeiro, da reforma tributária.
“O governo teme gastar capital político em ano de eleições municipais, que tendem a influenciar o humor no Legislativo nos próximos meses. Historicamente, entidades que representam servidores públicos exercem pressão sobre parlamentares, dificultando a aprovação de propostas sobre o tema”, diz reportagem do jornal carioca.
Como se sabe, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem prometendo realizar mudanças nas regras do funcionalismo desde o ano passado.
O texto do projeto ainda não foi divulgado pelo governo, mas trechos da reforma já foram ventilados pela equipe econômica nos últimos meses. Técnicos têm frisado que as mudanças não afetariam servidores atuais, apenas os contratados após a aprovação da medida.
Recentemente, o presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse num programa de televisão que a reforma administrativa deveria vir antes da tributária. Segundo ele, é preciso primeiro arrumar a casa para, em seguida, ver o que precisa ser reformado no sistema tributário.