Por Cláudio Henrique de Castro – A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) anunciou o reajuste negativo para os planos de saúde individuais, a medida atinge 18,7% dos consumidores.
O percentual ficou em -8,19%, o que significa que os usuários alcançados pela medida pagarão mensalidades mais baratas a partir da data de aniversário do contrato.
Uma pesquisa elaborada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) com dados das cinco operadoras com maior número de reclamações (SulAmérica, Bradesco Saúde, Amil, Unimed Central Nacional e Unimed Rio) mostra que o reajuste médio para os planos coletivos analisados foi de 11,28% em 2020.
A Unimed Rio,foi a operadora com maior índice de reajuste no ano de 2020,em 14,55%.
Os planos coletivos empresariais e por adesão não são regulados pela ANS e, nos últimos anos, foram sendo priorizados pelas operadoras.
Os consumidores foram atraídos pelos valores de entrada mais baixos e com cada vez menos opções dos planos individuais.
Assim os planos coletivos se tornaram verdadeiras arapucas contratuais, repletos de irregularidades, e com a omissão da fiscalização da ANS.
O Procon-SP ajuizou ação civil pública contra as operadoras de planos de saúde, pelos reajustes abusivos. As empresas que lideraram ranking são: Amil Assistência Médica Internacional, Bradesco Seguros, NotreDame Intermédica Saúde, SulAmérica e Qualicorp.
A publicação do percentual de reajuste máximo para este ano acontece quando consumidores estão escravos da recomposição dos reajustes suspensos em 2020.
De acordo com simulações feitas pelo Idec, a cobrança retroativa e acumulada com os reajustes por faixa etária provocou aumentos da ordem de 50% nas mensalidades.
A conta da pandemia, surgiram os reajustes abusivos que enriquecem as operadoras dos convênios, com as benções e a contemplação da ANS.