Ratinho Jr e a briga de foice e motosserra no Meio Ambiente

(por Ruth Bolognese) – Assim como o presidente eleito, Jair Bolsonaro, que ainda não conseguiu um consenso para indicar o novo ministro do Meio Ambiente pelas variadas pressões no setor, o governador eleito Ratinho Jr também enfrenta divergências.

Os nomes que surgiram até agora não agradaram nem gregos, nem troianos. O mais forte deles, engenheiro agrônomo e produtor rural, Márcio Nunes (foto), com uma longa trajetória no setor, é de Campo Mourão, ocupou cargos e funções voltados para programas de combate à erosão, distribuição de água para famílias do campo e erradicação do uso do BHC nas lavouras paranaenses. Mas seu nome tem resistências dos preservacionistas paranaenses. Márcio Nunes teria sido uma indicação do deputado Abelardo Lupion, ligado ao agronegócio e ao grande produtor rural.

Na outra ponta, está o nome do advogado e ambientalista Aristides Athayde, como adiantou este Contraponto. Militante do Partido Verde e dirigente de organizações não-governamentais voltadas principalmente para a defesa jurídica de causas que envolvem a proteção do meio ambiente. Foi um dos líderes que impediram a aprovação do projeto que previa a redução da Escarpa Devoniana – um patrimônio ecológico que abrange 13 municípios do Paraná, na Região dos Campos Gerais.

O Partido Verde já fez chegar ao governador eleito que a promessa feita durante a campanha eleitoral – a de indicar um nome ligado à preservação ambiental para a secretaria da área – deve ser cumprida.
E como se sabe, os ambientalistas sabem fazer barulho.

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