Se o governador assim decidir, nas eleições de 2018 três membros da família Richa estarão disputando cargos legislativos: Beto para senador; o irmão Pepe para deputado federal; e o filho Marcelo, estadual. Mas enquanto Beto Richa não resolver o problema hamletiano que o aflige – ser ou não ser? -, a família fica paralisada. Se sair candidato, os dois outros também podem disputar a eleição. Se ficar até o último dia do mandato, os planos parlamentares dos demais vão para as calendas em razão de restrições impostas pela lei eleitoral. Dona Fernanda, no entanto, quer ver o filho na Assembleia, opinião que tem muito peso dentro de casa.
Marcelo faz força para atender o desejo da mãe. Mesmo enquanto era secretário do Esporte e Lazer da prefeitura (será que volta a sê-lo?), o rebento não deixou de percorrer o estado para palestras em favor do PSDB Jovem (que ele preside) e para contatos com prefeitos. Deputados da base governista sentem-se ameaçados com o poder de sedução do rapaz – afinal, filho de governador governadorzinho é: promete obras, verbas etc. para caitituar cabos eleitorais.
Tem provocado desgostos principalmente entre deputados atuais com território no Noroeste do estado. Eles se sentem prejudicados e ameaçados com a concorrência, que definem como desleal.