Querosene caro afugenta companhias aéreas do Paraná

Entre 2014 e 2018, o volume de passageiros dos voos regionais no Paraná teve uma queda de 60%. Ao mesmo tempo, os preços das passagens para destinos que partem de Curitiba rumo aos aeroportos do interior do estado aumentaram 75%. No sentido contrário o incremento foi de 69%. Consequência: houve perda de 432 mil passageiros em quatro anos.

Os dados constam de um levantamento inédito realizado pelo economista João Ricardo Tonin, do gabinete do deputado estadual Homero Marchese. O objetivo era verificar as consequências do aumento do ICMS cobrado sobre o querosene de aviação, que, em 2015, passou de 7% para 18% no estado. O combustível representa 40% do custo da passagem aérea no Brasil.

“Percebemos um efeito muito negativo para a aviação paranaense. As passagens aumentaram e os passageiros diminuíram. Isso afeta todo o desenvolvimento do estado”, explica Homero, que vai apresentar o estudo para o secretário de Fazenda, Renê Garcia, e defender um desconto na alíquota do ICMS de aviação em troca de contrapartidas das empresas aéreas.

O estudo revela que o Paraná seguiu na contramão dos demais estados. Entre 2014 e 2018, os vizinhos Santa Catarina e São Paulo aumentaram o número de embarques respectivamente 13,6% e 6,4%. No Paraná foi registrada queda de 7,8%, puxada basicamente pela redução nas linhas regionais, que operam entre aeroportos do estado.

“No total, perdemos 432 mil passageiros em quatro anos. E isso deve continuar. A Gol anunciou que vai deixar de operar entre Maringá e Curitiba, obrigando a escala em São Paulo. Temos que seguir exemplos o exemplo paulista, que reduziu o imposto primeiro, exigindo contrapartidas em troca, com o aumento dos voos no Estado”, destacou o deputado.

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