Quem quer um marido rico?

Quem quer um marido rico?

(por Ruth Bolognese) – A procura por um marido forte  e poderoso  está no inconsciente coletivo das mulheres desde quando habitavam as cavernas: com essas qualidades, mesmo cheirando mal e com o cabelo desgrenhado,  ele era capaz de enfrentar o leão faminto  e proteger a prole. Não é, portanto, uma questão feminista, mas de medo do leão.

Esse sentimento grudou no DNA  e atravessou milhares de anos intacto. No século XXI nenhuma mulher do mundo viu um leão mais gordo (os do zoológicos são só osso), mas quase todas se apaixonam perdidamente por homens ricos e poderosos, independente da idade, da tosse, do abdome e da conjugação dos verbos.  No caso daquela modelo eslovena, primeira dama dos EUA, nem o cabelo desgrenhado atrapalhou.   Todas elas sentem, intuitivamente, que serão protegidas.

Essa estratégia deu certo durante milhares e milhares de anos e no mundo inteiro. Mas começou a falhar redondamente a partir de um certo Lava Jato que descobriram em Brasília. E depois de tantas decepções e perrengues, tem muita mulher por aí preferindo o leão. Os exemplos são múltiplos e variados.

Isabela, a mulher do homem mais rico do Brasil, Marcelo Odebrecht, dava marmita como souvenir para convidados  ilustres levarem para casa, depois das festas milionárias, onde se falava de tudo, até de propina. Hoje, quando a PF permite, ela leva marmita para o marido no Centro Médico de Pinhais.

Jornalistas belas, por coincidência ou convivência, costumam se unir a maridos mais velhos e tão poderosos quanto. Claúdia Cruz era uma menina quando casou com Eduardo Cunha e tinha olhos meigos. Depois de 20 anos, várias compras em Dubai e Paris, viagens pelo mundo, ela arregalou os olhos de surpresa diante do castelo ruindo e nunca mais conseguiu piscar.

A baiana Ticiana Villas Boas, bonitona e famosa na TV, casou com o açougueiro mais rico do mundo, esqueceu  o preço da gasolina e teve que ouvir as gravações, naquele idioma quase desconhecido no qual ele se expressa, que anda pulando a cerca com “velhinhas, cinquentonas”. E agora nem isso: para ouvir “nóis num vai preso” terá que visitar a Papuda em Brasília.

E o que falar de Marcela Temer? Entrega a trança, a juventude e a beleza para um homem de 76 anos, passa os dias enfurnada num palácio chamado Jaburu e convive com simpatias na mesma faixa de idade do marido, como Moreira Franco, Henrique Meirelles, Eliseu Padilha e o que mais tiver. Anda tão atarantada que quando tenta ler um discurso, pula as linhas e se embanana toda. Tem razões pra isso.

Então, alguém aí ainda acha que marido rico, poderoso e importante dá pano pra manga?

 

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