Quem chega antes a Antofagasta? Paraná ou Mato Grosso do Sul?

O governador Ratinho Jr. voltou a defender a ligação do Porto de Paranaguá ao porto de Antafagasta, no Norte do Chile, formando um corredor rodoferroviário do Oceano Atlântico para o Pacífico, capaz de encurtar o caminho das exportações da produção agropecuária do Paraná e dos estados do Sul em direção aos mercados importadores asiáticos.

Quem chega antes a Antofagasta? Paraná ou Mato Grosso do Sul?
Acima, a rota pensada pelo governo do Mato Grosso do Sul. Abaixo, esquema simplificado do projeto de Ratinho Jr.

O governador insistiu na proposta ao falar, na última quinta (7), para líderes do agronegócio reunidos no Agroshow – a grande feira promovida pela cooperativa Coopavel, em Cascavel, capital do Paraná durante estes dias.

Ratinho não está só na ideia de encontrar um atalho para a Ásia. O Mato Grosso do Sul está mais adiantado nas providências e já definindo obras que precisam ser realizadas pelo Brasil, Paraguai e Argentina. Já projeta até os custos destas obras e promoveu, no ano passado, uma expedição de 4.400 km na rota planejada entre a capital Campo Grande até Antofagasta. Organizada pelo governo sul-mato-grossense, a expedição reuniu agentes públicos, engenheiros e empresários do setor agropecuário.

Na volta, o governo e os participantes da viagem calcularam em cinco anos o tempo necessário para viabilizar o projeto. Além do Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile também terão de fazer investimentos.

O Paraguai está em processo de licitação para a pavimentação de 300 quilômetros de rodovias, o que vai integrar a região Norte, conhecida como “Chaco”, ao restante desse país. O Chile, por sua vez, terá de investir em seus portos, adaptando-os para a exportação de grãos. Já a Argentina deverá fazer investimentos no âmbito do chamado Plano Belgrano, que prevê desembolsos totais com infraestrutura na ordem de US$ 15 bilhões.

Antes de Ratinho Jr. e do governo do Mato Grosso do Sul, a ligação bioceânica foi bastante debatida quase três décadas atrás. Na eleição de 1990, a ideia foi apresentada pelo candidato José Carlos Martinez (PRN), derrotado em segundo turno por estreita margem por Roberto Requião (PMDB).

5 COMENTÁRIOS

  1. Ninguém chegará. Ao menos enquanto os EUA estiverem dando as cartas aqui nesse pedaço do mundo. Isso envolve quatro países da região, e contraria interesses do Tio Sam. Então esqueçam. A não ser que eles mudem de idéia, talvez no dia em que estiverem seguros de já ter tudo sob controle, da produção ao embarque.

  2. O governador Topo Gigio vai assombrar o mundo com sua capacidade! Vai construir a ponte Curitiba-Ilha do Mel, vai ampliar o Pátio Batel, reestabelecer a rota Curitiba-Miami, desativada pela American Airlines, sextuplicar a rodovia do Café, ampliar as Cataratas do Iguaçu e transformar Caiobá na Nova Cancún. Quem viver, verá!

  3. Esta lançado o trem bala da ratazaninha.

    Grandes obras exigem grandes investimentos. Principalmente no bolso de quem assina o contrato.

    Isso quem ensina é a Lava jato e as operações no PR.

    Sigam o dinheiro, imprensa capachona.

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