Nenhuma entidade paranaense ligada à agricultura se pronunciou até agora sobre a polêmica portaria do ministério do Trabalho que restringiu a compreensão sobre o que é “trabalho análogo à escravidão”. Antes da portaria, critérios mais largos compreendiam como análogos à escravidão relações de exploração do trabalho humano sem o devido respeito à legislação – como jornada excessiva de trabalho, não pagamento de salário minimamente adequados, impossibilidade de se livrar do patrão etc. Agora, com a portaria, trabalho escravo se compreende apenas aquele que envolve algum sistema de cárcere.
As federações da Agricultura (Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetaep) não comentaram até agora o novo dispositivo – nem contra nem a favor, muito antes pelo contrário -, muito embora a questão tenha ganhado repercussão internacional e o Brasil ameaçado até de ser vítima de barreiras e sanções econômicas. Quem cala consente?