Queiroz e Battisti, os mais procurados

O Ministério Público Federal espera para esta quarta-feira que o motorista Fabrício Queiroz explique como conseguiu movimentar R$ 1,2 milhões curante sua atuação por ano como auxiliar no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro (agora eleito senador). Servidores do gabinete repassavam inexplicavelmente parte dos salários para Queiroz, alguns deles em valores totais. A indagação é: a quem era destinadas as importâncias recolhidas? Para o enriquecimento ilícito do próprio Queiroz ou para benefício de Flávio Bolsonaro. O deputado disse que não sabe de nada.

Enquanto isso, investigadores da Polícia Federal de Brasília entraram em contato com a defesa de Cesare Battisti para tentar negociar uma rendição. O recado passado aos advogados foi o de que o italiano poderia se entregar de uma maneria que não causasse “maiores escândalos” e que fosse discreta.

Foi passada a ideia de que a rendição poderia funcionar num modelo parecido com a do médium João de Deus, que se entregou no domingo (16), numa estrada de terra em Abadiânia, interior de Goiás, após seus advogados negociarem sua entrega com a Polícia Civil.

Os policiais federais ouviram dos advogados que Battisti não trava mais contato com eles desde a decisão do ministro Luiz Fux, que determinou a sua prisão há cinco dias. Portanto, não haveria com a defesa levar a ele a proposta.

O italiano foi condenado à prisão perpétua em seu país, acusado do assassinato de quatro pessoas nos anos 1970. Em 2009, ele obteve do governo brasileiro, sob o ex-presidente Lula, o status de refugiado político, condição que foi derrubada, em 2017, pelo presidente Michel Temer. Desde 1981, ele está foragido da justiça italiana – e, desde quinta-feira, da brasileira.

Na semana passada, Temer também assinou decreto determinando a extradição de Battisti para a Itália.

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